Ônibus ‘sanfonados’ do Move de BH serão mantidos em linhas específicas, garante prefeitura
Assunto foi tema de audiência pública na Câmara de Vereadores, que recebeu representantes dos órgãos responsáveis pela mobilidade
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

A Prefeitura de Belo Horizonte garante que algumas linhas específicas do sistema Move continuarão com ônibus articulados, conhecidos popularmente como ‘sanfonados’. A informação foi divulgada por representantes das pastas de mobilidade, durante audiência pública na Câmara de Vereadores, na tarde desta terça-feira (22).
“A gente está trabalhando numa estratégia de realocação dessa frota para que sejam entendidas as características de cada uma das linhas, para que a gente possa verificar essa questão de capacidade de cada um dos veículos e de alocação de cada um dos veículos em determinadas linhas. O objetivo não é fazer a substituição integral dos articulados por veículos mistos. O objetivo é fazer substituição parcial para que a gente consiga deixar de omitir ou atrasar viagens e fazer também um estudo que compare essa capacidade dos veículos com as viagens efetivamente realizadas para não ter superlotação. Assim, a gente pretende ter veículos com uma utilização melhor e que tenha índice menor de quebras e atendimento maior à população”, explicou Rafael Murta Resende, superintendente de Mobilidade da capital mineira.
Leia também
A resposta foi dada à vereadora Fernanda Altoé (NOVO) durante a reunião. A parlamentar demonstrou preocupação com o risco de redução da capacidade de transporte de passageiros caso a troca aconteça. O assunto começou a chamar atenção da população quando as concessionárias começaram a negociar com o município a substituição dos coletivos grandes por modelos convencionais. A previsão é que a alteração aconteça em 2026, quando os veículos chegarão à idade máxima de 12 anos. Assim, seriam dois anos até a elaboração do novo contrato de concessão.
A principal justificativa para a troca é o custo operacional dos articulados e a manutenção constante que o tipo de veículo exige. De acordo com o Setra-BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte), 189 veículos articulados circulam, atualmente, na capital mineira. Destes, 44 são diariamente retirados para manutenção e o custo mensal só para a realização de reparos em toda a frota chega R$ 20 milhões.
Faixas exclusivas
Durante a reunião, o vereador Pedro Rousseff (PT) questionou sobre a construção do BRT da avenida Amazonas. Em novembro passado, a Câmara autorizou a prefeitura a contrair um empréstimo milionário para executar o projeto.
Segundo Guilherme Willer Santos e Campo, secretário Municipal de Mobilidade Urbana em Belo Horizonte, a prefeitura realiza, nesta semana, reuniões com o banco internacional para alinhar detalhes da iniciativa. “Ainda estamos no processo de concepção do modelo do BRT Amazonas. Ele pressupõe um nível mais avançado de integração com o transporte metropolitano”, explicou.
Rafael Murta Resende completou que já há, também, projetos para implementação de até 40 km de faixas exclusivas de ônibus e ciclovias. A reportagem questionou a prefeitura sobre os endereços contemplados e aguarda retorno.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp