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Policial cobra R$ 4.000 de família para soltar jovens, mas leva suspeitos para prisão

Corregedoria da Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso 

Minas Gerais|Do R7 com Record Minas

Caso teria acontecido na Delegacia de Polícia Civil do Barreiro
Caso teria acontecido na Delegacia de Polícia Civil do Barreiro

A Corregedoria da Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar um policial que teria cobrado suborno para liberar dois jovens que teriam sido detidos na noite de quinta-feira (26) por envolvimento com o tráfico de drogas em Belo Horizonte.

Segundo a mãe de um dos rapazes detidos, ela foi chamada à delegacia após a prisão do filho e recebeu uma oferta para liberar os jovens. Para isso, ela teria que pagar o valor de R$ 4 mil. Mas, mesmo após o pagamento, os suspeitos foram levados para um presídio.

— Chegou um policial do plantão da noite e falou que os meninos iriam sair, mas que era R$ 2 mil para cada um. E a todo tempo ele ficava exigindo: você tem até 20h para trazer o dinheiro porque o delegado vai esperar só até este horário. 

Os rapazes foram presos dentro de casa após uma denúncia de tráfico de drogas. Nos imóveis, a PM apreendeu 35 gramas de maconha. Após detidos, eles foram levados para a Delegacia de Polícia Civil do Barreiro.


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Eles foram ouvidos pelo delegado de plantão e, por lei, deveriam permanecer presos já que o crime de tráfico de drogas é inafiançável no Brasil. Mas, ainda assim, a família dos rapazes decidiu levantar o dinheiro exigido pelo policial.


— Eu já tinha R$ 1.500 e peguei mais R$ 500 com meu menino. O pai dele e a esposa do outro rapaz arrumou o dinheiro emprestado.

A entrega do dinheiro ao policial aconteceu de maneira sigilosa e a família ficou aguardando a libertação dos jovens. 


— O combinado foi eu entrar lá no banheiro, deixar o dinheiro e sair. Eu fiz isso e ele entrou logo atrás e fez um gesto com a mão para que eu saísse e eu falei que aguardaria do lado de fora. De repente, ele mesmo saiu com meu filho e o amigo algemados.

Após isso, a mulher ainda teria ido atrás do policial e dos presos, bateu no vidro da viatura onde eles entraram, mas eles seguiram em direção a um presídio.

Já o investigador denunciado e o delegado de plantão foram procurados, mas não quiseram gravar entrevista. Se confirmado o fato, tanto o policial civil quanto a família dos traficantes podem ser indiciados por corrupção.

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