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“Quem apanhou, amanhã vai bater, se não for escutado”, avalia especialista sobre brigas em escolas de MG

Dois casos de agressão na porta de escolas públicas foram registrados Grande BH nesta semana

Minas Gerais|Bruno Menezes, do R7

Briga foi registrada na saída da escola Redes Sociais

Um dia depois do registro de uma briga na porta da Escola Municipal Murilo Rubião, localizada no bairro Jardim Belmonte, na região nordeste de Belo Horizonte, os alunos envolvidos e os pais foram chamados para uma reunião na instituição de ensino.

A gravação mostra um dos adolescentes, de 13 anos, agredindo outro da mesma idade, com diversos socos. Ele chega a cair no chão. O desentendimento teria começado ainda no intervalo das aulas e terminado na briga na saída da escola.

Ana Morales, mãe do aluno agredido, é equatoriana. Ela conta que o filho está bem, com algumas marcas no rosto e na coxa. Ela espera que a reunião na escola sele a paz entre os estudantes.

“Foi um momento de raiva, mas nada justifica o que ele fez. Eu estava bastante revoltada, principalmente depois que vi o vídeo, mas preferimos selar a paz, até para dar exemplo para eles”, conta a mãe.


Silvia Ramalho é mãe do aluno agressor. Ela diz que achou que a briga teria sido um desentendimento simples e se assustou com o vídeo.

“Ele falou pra mim que foi um tapinha. Achei que fosse uma briga de moleque. Fiquei horrorizada, nunca imaginei que posse aquela briga toda. Fizemos ele pedir desculpas para o colega, mas agora vai ficar de castigo. Sem passeio”, afirma a mãe.


Caso semelhante foi registrado na Escola Municipal José Miranda Sobrinho, localizada no bairro jardim das Alterosas, em Betim, na região metropolitana, também nesta semana. Uma menina foi agredida com socos e chutes e chegou até a desmaiar.

A psicopedagoga Jane Haddad avalia que quando esses casos ocorrem é preciso que, assim como foi feito no exemplo da escola de Belo Horizonte, os alunos envolvidos sejam ouvidos. “Estamos vivendo um momento de intolerância. Onde as pessoas postam tudo, estão sempre com celular na mão e fazendo chacota com a fragilidade do outro. É preciso que se tenham ações e debate sobre os casos que aconteceram”, afirma a especialista.


Para ela, a criança agredia precisa se sentir acolhida. “É preciso entender o prejuízo psíquico que foi causado a ele. Porque uma criança que apanhou hoje vai bater amanhã, se não for escutada”, explica Haddad.

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