Uma tia de Lorenza Maria da Silva Pinho, esposa de um promotor de Justiça, morta no início do mês no seu apartamento em Belo Horizonte, presta depoimento nesta quinta-feira (15), na sede do Ministério Público de Minas Gerais, na capital mineira. Maria José Cordeiro, que é irmã da mãe de Lorenza, seria uma das pessoas mais próximas a ela.
A informação foi confirmada pelo pai da vítima, Marco Aurélio. Segundo ele, a tia é uma das pessoas que mais conviveu com ela, tendo ficado no apartamento do casal quando Lorenza e o promotor André Luis Garcia de Pinho viajaram para os Estados Unidos de férias.
O corpo de Lorenza foi enterrado ontem, em Barbacena, a cerca de 170 km de Belo Horizonte, depois de passar 11 dias no IML (Instituto Médico Legal) da capital mineira.
O promotor está preso. Como o caso envolve um membro do Ministério Público, é o próprio órgão quem coordena as investigações.
Laudos divergentes
Como revelou o R7, uma fonte ligada à investigação confirma que há dois laudos divergentes sobre a causa da morte de Lorenza. O atestado de óbito assinado por dois médicos aponta que ela teria engasgado com um remédio. Já a perícia feita pela Polícia Civil no corpo dela, já no IML, aponta outro motivo.
A PC não divulgou o laudo e não informa quais seriam os indícios e, agora, cabe à Justiçadecidir qual deles irá valer. O Tribunal de Justiça não comentou o assunto, se limitando a dizer que o caso segue sob sigilo.
Relembre o caso
Lorenza Maria Silva de Pinho, de 41 anos, morreu no dia 2 de abril em seu apartamento, no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. A certidão de óbito consta como causa da morte uma "pneumonite causada devido a alimento ou vômito e autointoxicação por exposição intencional a outras drogas".
O promotor permanece preso desde o dia 4 de abril, suspeito de assassinato, e o caso está sendo investigado pelo próprio Ministério Público de Minas Gerais, que já ouviu a defesa dele e familiares de Lorenza, que não acreditam na versão divulgada pelo promotor e pelos médicos.
Os cinco filhos do caso, com idade entre dois e 17 anos, estão sob a guarda de um amigo do casal. Em entrevista à RecordTV Minas, os dois filhos mais velhos dizem acreditar na inocência do pai.