Veja tudo o que se sabe sobre caso de professora de BH encontrada morta
Soraya Tatiana estava desaparecida desde sexta-feira (18); corpo da vítima foi encontrado debaixo de viaduto com sinais de violência física e sexual
Minas Gerais|Gabriela Neves*, do R7

A polícia mineira ainda investiga a dinâmica do assassinato da professora Soraya Bonfim, encontrada morta debaixo de um viaduto na cidade de Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, no último domingo (20). A vítima, de 56 anos, estava desaparecida desde a última sexta-feira (18), quando teria entrado em contato com o filho pela última vez. Veja tudo o que se sabe, até então, sobre o caso:
Quem era a vítima
Soraya Tatiana Bonfim França tinha 56 anos e era professora de História em um colégio tradicional da capital mineira. Conhecida como “Tia Tati”, a professora lecionava para alunos do 7º e 8º ano.
Amigos e colegas de Soraya a descrevem como uma pessoa bondosa e reservada. Por esse motivo, não sabem dizer se ela estava tendo um relacionamento. Ainda segundo amigos próximos, a relação com o ex-marido e pai do filho sempre foi boa.
Desaparecimento
Soraya foi vista pela última vez na sexta-feira (18), quando o filho, Matheus França, de 32 anos, saiu para uma viagem à região da Serra do Cipó, a cerca de 100 km de Belo Horizonte.
A professora, que iria a uma festa de aniversário no dia, disse ao filho que estava com fortes dores no estômago e que não iria mais ao evento. No dia seguinte, sábado (19), ao perceber que não conseguia contato com a mãe, Matheus pediu ajuda de uma vizinha e amiga próxima da família para verificar a residência da vítima.
A casa estava trancada, com o carro de Soraya estacionado na garagem. Com a ajuda de um chaveiro, a vizinha e o filho conseguiram entrar no imóvel. Segundo eles, o apartamento não tinha sinais de arrombamento ou luta. No entanto, a professora não estava em casa.
Encontro do corpo
Na manhã de domingo (20), policiais militares, após uma ligação anônima, foram acionados para atender a uma ocorrência no bairro Conjunto Caieiras, em Vespasiano, na Grande BH. Debaixo de um viaduto, os militares encontraram o corpo de uma mulher parcialmente coberto por um lençol branco.
A vítima vestia apenas uma blusa cinza, apresentava queimaduras na parte interna das coxas, manchas de sangue e indícios de violência sexual. O filho de Soraya foi acionado e compareceu ao Instituto Médico Legal, em Belo Horizonte, onde reconheceu oficialmente o corpo da mãe.

Investigação
A Polícia Civil de Minas Gerais afirmou que aguarda os laudos periciais para esclarecer a causa da morte. O caso está sendo investigado feminicídio. Até o momento, não há suspeitos presos ou identificados, e a motivação para o crime ainda é desconhecida.
A ausência de testemunhas no local onde o corpo foi deixado e o sumiço do celular da vítima dificultam as primeiras etapas da apuração.
Repercussão
A morte de Soraya causou grande comoção entre alunos, professores e a comunidade escolar do Colégio Santa Marcelina, tradicional escola na região da Pampulha, em Belo Horizonte, onde ela lecionava.
A instituição publicou uma nota de pesar nas redes sociais e declarou luto oficial. Conhecida como “professora Tati”, Soraya lecionava história para turmas de 7° e 8° ano.

Despedida
O velório de Soraya foi realizado na segunda-feira (21), também em Belo Horizonte. Amigos, familiares, alunos e professores prestaram suas últimas homenagens à educadora, marcada por sua dedicação ao ensino e pela tragédia que pôs fim à sua história.“É incompreensível e revoltante. Trata-se de um crime que a gente sabe e precisa caracterizar como feminicídio. Ela morreu por ter nascido mulher”, desabafa uma das amigas da vítima.
O enterro aconteceu às 09h30 desta terça (22), no Cemitério da Paz, em Belo Horizonte.
*Estagiária sob supervisão de Maria Luiza Reis
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