Como a Chevrolet vai restaurar clássicos como Opala e Monza no Brasil?
Projeto Vintage contará com oficinas parceiras para recuperar modelos antigos

O chamado Movimento Antigo Mobiliza vem crescendo bastante no Brasil nos últimos anos. Desde modelos clássicos, muitos com mais de 50 anos de lançamento, até sucessos recentes de várias marcas, a valorização tem sido significativa nas garagens dos colecionadores.
Nesta semana, a Chevrolet anunciou o lançamento do projeto Vintage, que consiste na restauração de clássicos da marca. O projeto foi apresentado durante a celebração dos 100 anos da Chevrolet no Brasil.

A GM possui modelos icônicos, como o Opala, lançado no final de 1968 e produzido até 1992, a Veraneio, o Monza — sucesso nas décadas de 1980 e 1990 —, além do Omega, Kadett e tantos outros.

Mas como vai funcionar? A GM irá restaurar, inicialmente, 12 veículos clássicos produzidos no Brasil. Emerson Fischler, diretor de engenharia da GM América do Sul, explicou: “Vamos atuar em dois nichos estratégicos de carros antigos: o de restauração e o de restomod. A primeira modalidade visa preservar ao máximo a originalidade do veículo e de seus acessórios”.

Entre os modelos selecionados estão o Opala, a Chevrolet Brasil lançada em 1958, o Monza 1990 EF (primeiro modelo da marca com injeção eletrônica), uma Chevrolet C10 que receberá um motor V8 do Camaro e um Chevette da primeira versão, lançada em 1973, que também passará por um projeto restomod.

Com isso, a GM pretende oferecer um parâmetro “original” para a restauração dos carros. No entanto, esse trabalho não será realizado na fábrica de São Caetano do Sul, mas sim por oficinas terceirizadas. Após a restauração, os veículos serão colocados à venda.

A ideia é reforçar a tradição da marca, combinando-a com um serviço supervisionado pela própria Chevrolet, garantindo um caráter de originalidade aos veículos restaurados.
Vale lembrar que, em um passado recente, a Chevrolet possuía diversos veículos em seu acervo, muitos dos quais foram expostos no antigo Museu da Ulbra, no Rio Grande do Sul.
Modelos como um Opala cupê dos anos 1970, o primeiro Omega fabricado, o último Chevette e até o primeiro Celta foram preservados. No entanto, com o fechamento do museu, os veículos foram vendidos.
Outras marcas vêm investindo tempo e esforço de comunicação para valorizar seus veículos antigos. A Volkswagen, por exemplo, vende um certificado que informa dados sobre a produção de seus modelos clássicos e mantém a Garagem Volkswagen, um acervo da própria marca com veículos icônicos.
Já a Land Rover mantém, em Itatiaia (RJ), uma oficina própria de restauração de veículos antigos, aberta a proprietários que desejam recuperar a originalidade de seus modelos.