Teste com o Porsche Cayman 718 GTS: o 2 lugares mais rápido do país
Última safra do esportivo tem motor de 400 cavalos e muita emoção a bordo
Prestes a completar 20 anos, o Porsche 718 Cayman está em sua terceira geração, que é de 2016. Nos últimos anos ele vem recebendo pouquíssimas mudanças, tanto que oficialmente a Porsche já anunciou que em 2025 as versões a combustão do 718 Cayman deixarão de ser oferecidas em prol de uma nova geração 100% elétrica.
Se for um último suspiro, nada melhor que seja com uma boa volta de uma semana com este esportivo. O R7-Autos Carros testou o Cayman por cinco dias para provar suas qualidades de esportivo rápido e dinâmico em pacote pequeno considerando suas dimensões.
E elas são compactas. O Porsche 718 Cayman GTS mede só 4,405 metros de comprimento e 2,475 de entre-eixos, e a potência específica é de 100 cv/litro, que fazem do 718 Cayman GTS uma máquina de guiar com emoção. Curto nas dimensões e rápido em respostas ao volante, ele agrada.
E longe de criticar o fato da suspensão ser muito curta e pouco amigável para as cidades de péssima conservação como as do Brasil. É fora da cidade que o Porsche 718 Cayman entrega o máximo de diversão e desempenho.
Suas linhas pouco mudaram nos últimos anos, mas isso não importa. Ainda mais nesta cor amarelo tão vivo, o Porsche arranca suspiros e olhares. Os mais jovens ainda pedem por uma aceleração mais vigorosa. E, provavelmente, dentro de pouco tempo não poderão mais ouvi-la em uma satisfação que ficará relegada aos motores do passado.
O motor é o clássico Boxer 4.0 l de seis cilindros contrapostos com um ronco borbulhante e musical. São 400cv e 43Nm de torque combinado com a transmissão PC de sete velocidades. A tração traseira com gerenciamento ativo, bem como a posição do motor central trazem o equilíbrio necessário que a Porsche mantém em seu DNA desde a década de 1940 com o 356/1 de 1948.
Com volante posicionado em 90° e apenas um pouco de disposição para acelerar, o Porsche 718 Cayman GTA sai da imobilidade aos 100 km/h em apenas 4 segundos. E se for possível alcança os 288km/h.
Ao comandar o carro para um trecho de curvas nota-se o equilíbrio perfeito da carroceria sem transferência de carga, elevações ou alterações em excesso. Ao ajustar o carro para o modo esportivo ou ao elevar a velocidade entram em ação as aberturas da válvula de escape e da asa traseira, além da rigidez dos amortecedores (gerenciados pelo Porsche Active Suspension Management).
Os pontos negativos, é claro, são poucos. O nível de acabamento do Porsche 718 Cayman é inferior ao do 911 atual e bem inferior a veículos que hoje representam o maior volume de vendas e são mais caros como o Panamera, Cayman e Cayenne.
A multimídia tem interface bem antiga e a conectividade é difícil, embora o som seja bom. Boa parte dos comandos e são poucos estão disponíveis por botões físicos que são fáceis e icônicos para utilizar.
O espaço interno para dois lugares traz pequenas comodidades como porta-objetos na parte traseira e um pequeno porta-malas, além de uma superfície plana que recobre o motor boxer. À frente há um porta-malas “maior”, de 150 litros.
O Porsche 718 Cayman é menor e mais rápido do que um 911 Carrera. Mas consegue ser emocional e visceral, ainda que não seja um carro prático e eficiente sobre nenhum ponto de vista. A questão não é essa. Poucos carros ainda conseguem ser tão fiéis à sua proposta. Hoje o Porsche Cayman 718 GTS tem preço de lista em torno dos R$ 690 mil.
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