Hugo Motta, do Republicanos, é o candidato oficial de Lira para sucessão na Câmara
Presidente do partido, Marcos Pereira diz que bancada é unida e sairá em campanha para ‘multiplicar votos’
O deputado do Republicanos Hugo Motta será lançado nesta terça (29) à Presidência da Câmara, em disputa acirrada que confronta representantes de legendas do Centrão. O jovem parlamentar da Paraíba já decola com forte cacife para a empreitada.
Pelo roteiro acertado entre as lideranças políticas que o apadrinham, Arthur Lira (PP-AL) anunciará apoio a Motta ainda na Residência Oficial. Logo em seguida, no final da manhã, na sede do nacional do Republicanos, com a presença do presidente da legenda, deputado Marcos Pereira (SP), que abriu mão da disputa em favor de Motta, o partido aclamará o candidato. Pereira reforça que a marca do Republicanos é a união e sairá em campanha para “multiplicar votos”.
Na parte da tarde, será a vez do PP de Lira oficializar o apoio ao republicano, deixando para trás pretensões de outros concorrentes, próximos ao alagoano, de se tornarem o nome oficial apoiado pelo presidente da Câmara.
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Outro baiano sai melindrado do movimento político de Lira: Antônio Brito, do PSD, que também almeja o posto de comando da Câmara, considerado o terceiro cargo mais poderoso da República.
Após a desistência de Marcos Pereira em favor de Motta, fator que levou à reviravolta na disputa, Elmar Nascimento (União-BA) e Britto firmaram acordo para manter as candidaturas e carimbá-las como pró-governo, em oposição a Republicanos, PP e PL, que encampam Motta. O acerto teve a participação de ministros do União Brasil, Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações).
O Planalto, porém, não assumiu lado na disputa e trabalha para evitar que Lira e seu sucessor migrem para uma postura de assumida oposição ao governo. O PT, que não está diretamente na disputa, tornou-se uma espécie de fiel da balança à medida que o processo avança.
Sobre a mesa de negociações prévias — a eleição acontece apenas em fevereiro do ano que vem — está a proposta que anistia os participantes das depredações das sedes dos três poderes em 8 de janeiro. O projeto também beneficia Jair Bolsonaro, livrando o ex-presidente da inelegibilidade em 2026. O PT promete apoiar o candidato que se comprometer a não levar a questão adiante em 2025.
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