Planalto se prepara para quatro anos de retaliações políticas dos Estados Unidos
‘Projeto de hegemonia da direita nas Américas’ promete isolar o Brasil sob Lula
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São contínuos os sinais de retaliação política da parte da Casa Branca comandada por Donald Trump contra a gestão petista do presidente Lula, e o Planalto já se prepara para a escalada das sanções periódicas enquanto durar o mandato do Republicano nos Estados Unidos.
A tendência identificada tanto pela diplomacia brasileira quanto pelo núcleo duro do governo foi confirmada nesta quarta (13), com a iniciativa de suspensão do visto americano de funcionários graduados do Ministério da Saúde.
Para petistas próximos ao presidente e conselheiros de Lula na área de política externa, trata-se de “um projeto de hegemonia da direita nas Américas” que Trump e auxiliares acabam de pôr em curso, e pretende estabelecer como parte do legado do Republicano.
As sanções adotadas até aqui são consideradas “leves” e a expectativa é de que esta tendência se acentue a depender de fatores como: a resposta do governo petista e do próprio Lula e a reação da comunidade internacional ao padrão inaugurado pela Casa Branca.
Até o momento, França e China foram as principais nações que se colocaram na defesa moderada do Brasil.
O ‘promotor’ Marco Rubio
O principal promotor desta missão é o Secretário de Estado americano, Marco Rubio, homólogo de Mauro Vieira na gestão Trump, com total carta-branca do chefe da Casa Branca. De origem cubana, Rubio tem uma trajetória pessoal de forte repúdio ao regime da ilha e autorização para retaliar agentes públicos e privados que mostrem simpatia, apoio ou complacência com o castrismo.
Lula e o PT se encaixam na regra e são vistos como adversários ideológicos diretos e alvo preferencial do chefe e executor da política externa americana.
O método de retaliações políticas esporádicas e eventualmente crescentes inclui espraiar as sanções para a área comercial, como acaba de acontecer com a imposição de tarifas exorbitantes a produtos brasileiros.
A dosagem das sanções será estabelecida como forma simbólica de insatisfação da Casa Branca com a condução do país e proporcional à resposta do Planalto.
“Eu amo o povo brasileiro”, disse Trump. “As pessoas que governam o Brasil fizeram a coisa errada”, completou. Também cabe à equipe de Rubio anotar as manifestações públicas de Lula e auxiliares frente às sanções americanas.
Para sinalizar à comunidade internacional o “isolamento” do Brasil, o método inclui celebrar a aproximação pragmática com vizinhos regionais e até parceiros históricos do país, como a Argentina e, agora, do Paraguai.
A Casa Rosada, sob o comando de Javier Milei, promoveu um imediato alinhamento a Trump desde a campanha eleitoral do americano e explicita estes laços políticos quase cotidianamente.
Além da Argentina, o Paraguai
Também não por acaso, o próprio Rubio alardeou nesta quinta (15) o acerto com o paraguaio Santiago Peña, com a assinatura do acordo batizado de Terceiro País Seguro, que permite, segundo o secretário de estado de Trump, “que requerentes de asilo nos Estados Unidos busquem seus pedidos de proteção no Paraguai” e “não permitirá mais que o sistema de asilo dos EUA seja utilizado de forma abusiva”.
O liberal paraguaio, portanto, acerta uma parceria com Trump numa de suas principais bandeiras: a do combate à imigração ilegal, em nome de criar “um hemisfério mais seguro” — o tipo de gesto particularmente apreciado pelo Republicano.
Qualquer atitude semelhante está fora de cogitação por parte do governo Lula. Se por um lado, o petista descarta retaliações comerciais ou diplomáticas, também vê na atitude do americano a possibilidade de emular o patriotismo entre os brasileiros sob o argumento da defesa da soberania nacional. E, assim, ampliar sua popularidade, com vistas à reeleição.
Dentro de poucas semanas, o quadro de retaliações deve se agravar, com a proximidade do julgamento de Jair Bolsonaro, pelo Supremo. A resposta da Casa Branca é esperada contra integrantes da Corte que votarem pela condenação do ex-presidente, com a provável inclusão destes magistrados nas restrições previstas pela Lei Magnitsky.
Quais são os sinais de retaliação política da Casa Branca contra o governo Lula?
A Casa Branca, sob a liderança de Donald Trump, tem demonstrado sinais contínuos de retaliação política contra a gestão do presidente Lula. O Planalto já se prepara para uma escalada de sanções periódicas enquanto Trump estiver no poder.
Qual foi a recente ação da Casa Branca em relação ao Brasil?
Recentemente, houve a suspensão do visto americano de funcionários graduados do Ministério da Saúde, confirmando a tendência de retaliação identificada pela diplomacia brasileira e pelo governo.
Como os petistas veem essa situação?
Petistas próximos ao presidente Lula consideram que essa retaliação faz parte de um "projeto de hegemonia da direita nas Américas", que Trump e seus auxiliares estão implementando como parte de seu legado.
Quais são as expectativas em relação às sanções?
As sanções adotadas até agora são vistas como "leves", e espera-se que essa tendência se intensifique, dependendo da resposta do governo Lula e da reação da comunidade internacional.
Quais países têm defendido o Brasil até o momento?
Até agora, França e China foram as principais nações que se posicionaram em defesa moderada do Brasil.
Quem é o principal responsável pela política externa americana em relação ao Brasil?
O Secretário de Estado americano, Marco Rubio, é o principal promotor dessa política, tendo autorização para retaliar agentes que demonstrem apoio ao regime cubano, incluindo Lula e o PT, que são vistos como adversários ideológicos.
Como as sanções podem afetar a área comercial?
As retaliações políticas podem se expandir para a área comercial, como demonstrado pela recente imposição de tarifas elevadas a produtos brasileiros.
Qual é a postura de Trump em relação ao povo brasileiro?
Trump declarou que ama o povo brasileiro, mas criticou as lideranças do Brasil, afirmando que "fizeram a coisa errada".
Como a Casa Branca está sinalizando o isolamento do Brasil?
A Casa Branca está promovendo aproximações com vizinhos regionais e parceiros históricos, como Argentina e Paraguai, para sinalizar o isolamento do Brasil.
Qual é a nova parceria entre os EUA e o Paraguai?
O Paraguai, sob a liderança de Santiago Peña, firmou um acordo com os EUA que permite que requerentes de asilo busquem proteção no Paraguai, em uma tentativa de combater a imigração ilegal.
Qual é a posição do governo Lula em relação a retaliações?
O governo Lula descarta retaliações comerciais ou diplomáticas, mas vê a situação como uma oportunidade para aumentar o patriotismo entre os brasileiros e, assim, potencialmente ampliar sua popularidade.
O que se espera em relação ao julgamento de Jair Bolsonaro?
Com a proximidade do julgamento de Jair Bolsonaro pelo Supremo, espera-se que a Casa Branca reaja contra os integrantes da Corte que votarem pela condenação do ex-presidente, possivelmente incluindo esses magistrados nas restrições previstas pela Lei Magnitsky.
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