Alta do dólar deixa a ceia de Natal 7,7% mais cara neste ano
Lombo de porco e azeite lideram os aumentos, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), da Fipe
A ceia de Natal ficou 7,7% mais cara este ano, acima da média da inflação do período em relação ao ano passado. Os dados são do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), divulgados nesta terça-feira (17), pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Entre os produtos analisados, o lombo de porco com osso e o azeite de oliva lideram o aumento, com alta de 25,98% e 21,47%, respectivamente. O preço da cesta dos produtos de Natal passou de R$ 402,45, no ano passado, para R$ 433,42 neste ano.
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Guilherme Moreira, coordenador do IPC-Fipe, afirma que as carnes, de maneira geral, subiram muito e isso foi o que mais pesou na média da cesta de Natal.
“Nós já estamos com 4,33% de inflação no IPC da Fipe até novembro e a cesta de Natal apresentou aumento de 7,70%, ou seja, bem acima da inflação”, explica o economista. “As frutas também tiveram aumento expressivo, em especial uva (com quase 20%) e pêssego (com 19%).”
Moreira explica que os fatores para esse aumento foram a seca de setembro, as ondas de calor e o impacto do câmbio. “Esse ano nós tivemos uma desvalorização cambial de quase 25%. Isso afeta os alimentos de várias maneiras, não só os que são importados, mas também o custo de produção aqui no Brasil”, diz.
A pesquisa analisou 15 produtos de Natal e outros 15 itens que têm maior consumo nesta época do ano devido à sazonalidade.
“Na cesta de Natal estão produtos típicos das cestas prontas, enquanto nos itens de Natal consideramos aqueles que, apesar de não serem típicos, têm consumo ampliado nesta época. Um exemplo é a picanha, que, mesmo fora da cesta tradicional, está presente em churrascos e comemorações”, explica o coordenador do IPC-Fipe.
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