Dia do professor
Nesta terça-feira (15), comemora-se o Dia do Professor e escrevo sobre a situação em que se acha nossa Educação e, por consequência, os mestres
Eduardo Costa|Eduardo Costa
Mais uma vez estamos repetindo homenagens surradas aos professores. Confesso certo constrangimento, acreditando que deveria deixar o 15 de outubro passar batido. Mas, se Deus me dá o espaço e o minifúndio para explicitar sentimentos, por que não difundir o espanto pela situação em que se acha nossa Educação e, por consequência, os mestres?
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Há muito eles não têm o respeito da sociedade, seus salários não são compatíveis com sua importância, os pais nunca estiveram à altura de seu esforço. Ultimamente, são também vítimas da violência, covarde, cruel mesmo. Se contrariados, alunos ou seus pais, quando não arranham seus veículos no estacionamento ou ameaçam retaliações, partem para a agressão, com socos, pontapés, cadeiras ou engradados de cerveja.
Para os que trabalham na rede pública, os vencimentos, além de inferiores ao devido, muitas vezes chegam com atraso. Os da rede estadual ainda não receberam 13º do ano passado, recebem o salário de forma parcelada e estão sempre numa espécie de “segunda divisão” do funcionalismo, atrás das categorias que têm maior poder de pressão, como auditores fiscais e agentes de segurança pública.
Apesar de tudo, os professores escolheram sua profissão por vocação, por amor, por idealismo... Então, por maior que seja o sofrimento, a humilhação e a indiferença, serão sempre lembrados pela importância que tiveram em nossas vidas. Eu, por exemplo, nunca vou esquecer de dona Iris e dona Maria de Oscar, as duas primeiras...
Abraços, saúde e vida longa aos professores!
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.