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Luiz Fara Monteiro

Estudo aeronáutico dá mais segurança e agilidade às operações no Aeroporto da Zona da Mata

Procedimentos de pouso e decolagem passaram a ser executados com mais precisão e em menos tempo no terminal que serve Juiz de Fora e região

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Aeroporto serve Juiz de Fora e região Divulgação

Com o objetivo de aliar eficiência, segurança e agilidade em suas operações, o Aeroporto da Zona da Mata avançou em um importante processo para promover ainda mais confiabilidade nos procedimentos de pouso e decolagem realizados no empreendimento, que também passaram a ser executados com mais precisão e em menos tempo. O terminal atende Juiz de Fora, e Minas Gerais, e região.

Por meio da elaboração de um estudo aeronáutico, o Aeroporto Presidente Itamar Franco recebeu, no último mês de abril, a autorização do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) para operar, sem restrições, pousos e decolagens na cabeceira 26 (localizada na direção de Rio Novo), além de operações por instrumentos (IFR) na cabeceira oposta, 08 (na extremidade de Goianá).

As novidades, que garantem mais segurança às operações, também diminuíram o tempo executado nos procedimentos de aproximação e no taxiamento de aeronaves no empreendimento, já que eliminam uma restrição que, até então, prolongava o tempo do voo, fazendo com que as aeronaves precisassem se posicionar para pouso na cabeceira oposta, prolongando o trajeto habitual de operações provenientes de outros aeroportos.


O estudo, que motivou a implementação do Plano Básico de Zona de Proteção do Aeródromo (PZBPA) do aeroporto, foi essencial para que o aeroporto conquistasse a anulação dessa restrição. O PZBPA é responsável por garantir a delimitação de uma área de segurança para as manobras realizadas pelas aeronaves que se aproximam do sítio aeroportuário.

De acordo com Flávio Santos, superintendente do Aeroporto da Zona da Mata, um elemento natural próximo à cabeceira 08, anteriormente considerado um obstáculo, deixou de ser classificado como limitador. “Com o estudo realizado, ampliamos a eficiência operacional e obtivemos parecer favorável para pousos por instrumentos na cabeceira 08, antes limitada. Isso permite que voos provenientes de São Paulo realizem pousos diretos na direção de Goianá, sem necessidade de prolongar o trajeto para utilizar a cabeceira oposta. O resultado é mais segurança, redução do tempo de voo e economia de combustível”, destaca.


O processo, que contou com o mapeamento extensivo de obstáculos naturais e artificiais (como árvores e prédios, respectivamente) em um raio aproximado de 32km a partir da Pista de Pouso e Decolagem (PPD), permitiu uma avaliação completa dos riscos existentes nos arredores do Aeroporto da Zona da Mata - além de impedir que novas intervenções humanas violem o perímetro virtual de segurança da PBZPA.“Mapeamos cerca de 420 obstáculos naturais e artificiais em um raio que abrange 14 cidades da região, como Goianá, Rio Novo e Juiz de Fora. A partir dele, foi elaborado o PBZPA, que aumenta a segurança operacional ao estabelecer critérios para a aprovação de novos projetos arquitetônicos nestas áreas. A partir de agora, as prefeituras da região só poderão aprovar novos projetos após a apresentação de um processo chamado Objeto Projetado no Espaço Aéreo (OPEA), por parte dos proprietários, no qual o DECEA realiza a análise prévia do impacto da construção sobre as operações aéreas”, explica Flávio Santos.

O superintendente explica que é como se o perímetro aeroportuário fosse ‘blindado’ de novas construções artificiais que pudessem violar o espaço de segurança delimitado às operações aéreas no Aeroporto da Zona da Mata. “Com o mapeamento da situação existente nos arredores do sítio aeroportuário, as restrições até então existentes puderam ser retiradas após a comprovação de que estamos seguindo à risca as regulamentações existentes no setor”, avalia Flávio.


Alexander Cerqueira, diretor de aeroportos da Socicam, aponta que a conquista operacional demonstra o compromisso da concessionária em investir continuamente em melhorias voltadas à segurança e à eficiência das operações. “O Aeroporto da Zona da Mata foi implantado em um período em que a legislação vigente, hoje já superada, não exigia a elaboração de um PZBPA para novos aeródromos. Ainda que esse estudo não seja obrigatório para aeroportos já em operação, optamos por avançar nesse processo, justamente para elevar ainda mais os padrões de confiabilidade das nossas operações e ampliar as possibilidades de pouso, tornando o aeroporto mais atrativo para as companhias aéreas”, destaca.

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