Grã-Bretanha fornecerá drones de ataque avançados para a Ucrânia
Contrato anunciado pelo Ministério da Defesa totaliza o equivalente a 220 milhões de reais

O governo do primeiro-ministro britânico Keir Starmer assinou um acordo com uma empresa de defesa anglo-americana para fornecer às forças armadas da Ucrânia drones de ataque mais avançados, anunciou o Ministério da Defesa (MoD).
Os drones Altius 600 m e Altius 700 m, a serem fornecidos pela Anduril UK, serão usados para ajudar a combater a agressão russa no Mar Negro. Nos últimos dias, o Ministério da Defesa francês revelou ‘manobras agressivas’ de um caça multifuncional russo Sukhoi Su-35 sobre um drone francês de vigilância predador Reaper MQ-9 que patrulhava uma extensão do Mar Mediterrâneo, em espaço aéreo internacional.
Os modelos Altius servem a uma variedade de missões que vão desde a coleta de informações até ataque cinéticos. Esse tipo de drone pode realizar ataques precisos em alvos blindados, como tanques, embarcações e aeronaves.
Os drones serão entregues à Ucrânia “nos próximos meses”, confirmou o Ministério da Defesa britânico.
Os contratos totalizam quase £ 30 milhões - o equivalente a 220 milhões de reais - e são apoiados pelo Fundo Internacional para a Ucrânia.
O secretário de Defesa, John Healey, disse que queria colocar a Ucrânia na “posição mais forte possível” para evitar futuras agressões russas se um acordo de paz for fechado.
Ele disse que o novo acordo se somaria aos mais de 10.000 drones que a Grã-Bretanha já forneceu, “que se mostraram vitais para interromper o avanço das tropas russas e atingir posições atrás da linha de frente”.
O primeiro-ministro Keir Starmer disse estar convencido de que o presidente americano Donald Trump “quer uma paz duradoura” na região.
“Mas devemos colocar a Ucrânia na posição mais forte possível para negociações de paz ou para continuar lutando, se necessário”, Starmer afirmou à Sky News.
O primeiro-ministro repetiu seus pontos anteriores, mas acrescentou que qualquer acordo de paz precisará ser defendido “porque Putin tem um histórico de violação de acordos”.
“Essa garantia precisa de um elemento europeu, e é claro que o Reino Unido vai se manifestar, nós sempre nos manifestamos pela causa da paz”, disse ele.