Maior aterro da América Latina transforma lixo em energia limpa e ajuda a neutralizar emissões do evento pré-COP30 em SP
Créditos de carbono gerados no Aterro Sanitário de Caieiras são usados para compensar as emissões do Summit Agenda SP+Verde
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Os resíduos depositados no Aterro Sanitário de Caieiras, considerado o maior da América Latina e localizado na Grande São Paulo, estão se transformando em um ativo climático.
Os créditos de carbono gerados na unidade são utilizados para neutralizar as emissões do Summit Agenda SP+Verde, evento pré-COP30 que acontece até amanhã, (5) no Parque Villa-Lobos, na capital paulista.
Promovido pelo Governo do Estado de São Paulo, em parceria com a Prefeitura e a Universidade de São Paulo (USP), o encontro internacional coloca a descarbonização no centro das discussões sobre sustentabilidade. A expectativa é reunir cerca de 5 mil pessoas por dia, entre representantes de governos, academia, investidores e sociedade civil.
O cálculo das emissões do evento considera o deslocamento dos participantes, o consumo de energia e a geração de resíduos. Totens interativos permitem ao público calcular gratuitamente sua própria pegada de carbono.

Na compensação, o Aterro de Caieiras, administrado pelo Grupo Solví, captura o biogás produzido pela decomposição do lixo orgânico, impedindo que o metano — gás 28 vezes mais potente que o dióxido de carbono no aquecimento global — seja liberado na atmosfera.
“No aterro, o gás é capturado por meio de sistemas de engenharia e segue dois caminhos: pode ser queimado, transformando-se em CO₂ e água, ou purificado e usado para gerar energia elétrica. Assim, produzimos créditos de carbono ao substituir fontes fósseis”, explica Luciana Gutierres, superintendente Técnica e de Sustentabilidade da Solví.
Desde 2006, a unidade já certificou 9,6 milhões de créditos de carbono, todos auditados e rastreáveis.
“Sabemos exatamente quanto gás foi capturado, purificado, queimado e convertido em energia. Essa rastreabilidade garante a segurança ambiental e a legitimidade de cada crédito emitido”, destaca Luciana.

Atualmente, a Solví opera 11 termoelétricas movidas a biogás em cinco estados e já gerou mais de 28 milhões de créditos de carbono, compensando as emissões de 21 eventos no Brasil. Durante o Summit, a empresa também realiza uma ação de reciclagem monitorada com o uso do Reciclômetro, que mede o impacto positivo da destinação correta dos resíduos.
“Cada tonelada de dióxido de carbono que deixamos de emitir representa um passo concreto na transição climática. O futuro depende de soluções integradas entre governos, empresas e sociedade”, conclui Luciana.
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