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Município mineiro se destaca na produção de tilápias

Morada Nova de Minas, localizada na região Central do estado, é o maior produtor de tilápias do país, com cultivo na represa de Três Marias

Mundo Agro|Fabi GennariniOpens in new window

Produção de tilápias em Minas Gerais Foto cedida : Diego Vargas/Seapa

A produção de tilápias no município começou em 2002, com 20 tanques no projeto-piloto da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paranaíba (Codevasf). O projeto conta com o apoio e a assistência técnica da Emater-MG e se beneficia de fatores climáticos e ambientais favoráveis, como a temperatura média constante em torno de 28°C, além de águas com qualidade e temperatura ideais para a produção.

“Desde então, a Emater-MG vem prestando assistência técnica, capacitação dos produtores, além da doação de tanques, alevinos e ração para as associações do município, especialmente no início, quando tudo era novidade”, afirmou o técnico da Emater-MG, Eduardo Moreira.

O produtor Carlos Júnior participa da parceria desde o início. “Quando o projeto-piloto começou, meu pai adquiriu dois pequenos tanques-rede e começamos. Nasci na piscicultura, não tive outras atividades e continuo até hoje. Em 2010, me especializei na reprodução, criação e recria de tilápias. Atualmente, produzimos cerca de 8 milhões de alevinos e 3 milhões de peixes juvenis”, explicou Carlos.


A produção municipal é de 20 mil toneladas por ano, o que representa cerca de 44% da produção do estado e quase 4% da produção nacional, segundo dados do IBGE.

No estágio de peixe juvenil e após as vacinações recomendadas, as tilápias são comercializadas para produtores especializados na engorda, processo que leva de 4 a 5 meses. Quando atingem o peso ideal, são vendidas para frigoríficos, que processam os filés congelados. Cerca de 51% da produção é processada nos 18 frigoríficos inspecionados e instalados no próprio município.


O empresário Washington Luís da Costa, proprietário de um frigorífico na cidade com selo SISBI, que permite a comercialização nacional, afirma: “Com o tempo, percebemos a dificuldade de colocar o produto in natura no mercado, com períodos de alta e baixa demanda. Buscamos, então, a verticalização, investindo na produção de tilápias juvenis, na engorda e também no processamento desse pescado em filés congelados. Nosso frigorífico tem capacidade instalada para processar 12 toneladas de tilápias por dia, e somos líderes desse mercado em Minas Gerais e no Espírito Santo.”

Costa está otimista com o cenário para este ano: “Vemos o grande potencial desse mercado, tanto interno quanto externo, com a possibilidade de exportação para diversos países”, concluiu.


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