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Protetor solar para plantas previne a queima de folhas e frutos, além de aumentar a produtividade

Fertilizante mineral simples à base de carbonato de cálcio está prestes a ser lançado no mercado

Mundo Agro|Fabi GennariniOpens in new window

Se, nesta onda de calor, um protetor solar pode salvar a pele de muita gente, imagine para as plantas e flores!

E não é que foi desenvolvido um protetor para reduzir os danos físicos provocados pelas mudanças climáticas, evitando que as folhas e frutos queimem durante a exposição solar? Além disso, ele ajuda a aumentar a produtividade das espécies.

A Embrapa, em parceria com a indústria de biofertilizantes Litho Plant, desenvolveu o Sombryt BR, que ainda não foi lançado comercialmente, mas já foi testado em culturas como abacaxi, banana, citros, mamão, manga e maracujá. O protetor conseguiu reduzir em até 20% os danos físicos aos frutos.

O fertilizante é aplicado diretamente nas folhas e frutos, podendo ser utilizado tanto em sistemas de cultivo orgânico quanto convencionais.


“O produto melhora o balanço energético da planta, tornando-a mais eficiente no uso de água e nas trocas gasosas, o que resulta em maior resiliência e produtividade”, explicou Maurício Coelho, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) e coordenador dos experimentos.

No cultivo dos citros, especificamente na laranjeira pera, a produtividade aumentou em 12%. O resultado foi publicado em um artigo da Revista Brasileira de Fruticultura.


O trabalho com citros realizado no município baiano de Rio Real embasou a tese de doutorado do engenheiro-agrônomo Valbério dos Santos, defendida na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Durante três colheitas, em 175 plantas no Sítio Nova Esperança, foi realizada uma combinação do protetor solar com três tratamentos de manejo de água: irrigação plena, irrigação com déficit moderado e ausência de irrigação.


“Resolvemos testar o protetor e o resultado foi muito interessante, especialmente na condição de sequeiro, onde houve um aumento de 17% na produtividade. Apesar de o produto ter influenciado os três tratamentos, identificamos uma melhoria nos indicadores fisiológicos da planta, que permaneceram mais estáveis, e também na qualidade do fruto”, explicou Santos.

Santos, que também é engenheiro-agrônomo da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), comentou que a expectativa é utilizar o produto com os citricultores da região dos Tabuleiros Costeiros.

A aplicação do protetor tem dois focos principais: o aumento da resiliência da planta e a prevenção de danos físicos nas folhas e frutos. As altas temperaturas prejudicam cultivos como o de manga e abacaxi, por exemplo.

“O produtor pode ganhar das duas maneiras: tanto na resiliência da planta quanto na mitigação da queima dos frutos. Mas, se o objetivo principal for reduzir a queima, o produtor pode decidir, por exemplo, pulverizar apenas os frutos mais expostos à irradiância no período da tarde, ao invés de pulverizar toda a planta”, apontou Coelho.

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