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'Foi um tiro no escuro', diz jovem paranaense que conseguiu fugir da guerra na Ucrânia

Após três meses no front, Lucas Bueno percorreu 20 km a pé até a fronteira com a Polônia e conseguiu retornar ao Brasil

Record News Investigação|Do R7

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"Foi um tiro no escuro mesmo, em questão de sobrevivência", afirma Lucas Bueno, jovem de 20 anos que decidiu se alistar como voluntário na guerra entre Rússia e Ucrânia. Ele partiu de Francisco Beltrão (PR), mas, após três meses na linha de frente, optou por retornar ao Brasil. A decisão foi motivada pelas condições enfrentadas no campo de batalha. 


Após a perda da mãe, Bueno foi atraído inicialmente pelos altos salários oferecidos aos voluntários estrangeiros nas forças armadas ucranianas. Ele assinou um contrato que previa atividades tecnológicas com drones de localização, mas acabou transferido para uma brigada onde precisaria manusear armas. 

A mudança de função e a morte de três amigos o fizeram reconsiderar sua permanência. Sem desejar ser mais uma vítima do conflito, em julho, ele solicitou assistência à Embaixada Brasileira para deixar o país. Diante da ausência de apoio direto, decidiu fugir. Após percorrer 20 km a pé, conseguiu cruzar a fronteira com a Polônia e retornar ao Brasil com o auxílio da família. Bueno chegou no país em agosto, determinado a iniciar uma nova vida longe da guerra. 

Apesar da fuga, o jovem expressa o desejo de voltar ao continente. "Quero muito voltar para a Europa, porque o que eu vi lá, a cultura é diferente, a vida é diferente. Ir para a guerra é uma escolha muito extrema, porque muda completamente a própria vida e também a dos familiares", afirma.

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