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Defesa diz que Monique era agredida e dopada por Jairinho

Advogados da mãe de Henry querem novo depoimento antes do encerramento do inquérito, mas polícia descarta possibilidade

Rio de Janeiro|Do R7, com informações da Record TV Rio

Monique foi presa em 8 abril por suspeita de envolvimento na morte do filho
Monique foi presa em 8 abril por suspeita de envolvimento na morte do filho Monique foi presa em 8 abril por suspeita de envolvimento na morte do filho

Os advogados de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, contaram à polícia de forma extra-oficial que ela sofria agressões e era dopada sem saber pelo vereador Dr. Jairinho (sem partido), seu marido. Monique e Jairinho são investigados pela morte do menino e estão presos desde 8 abril.

Nesta quinta-feira (22), a Record TV obteve acesso exclusivo ao laudo complementar do IML (Instituto Médico Legal) sobre a morte de Henry Borel, de 4 anos, no dia 8 de março. O documento de autópsia revela perguntas feitas aos peritos, que concluíram que o menino morreu em decorrência de uma pancada forte no fígado, que provocaram uma hemorragia, levando a óbito em poucos minutos.

A defesa de Monique insiste para que ela seja ouvida novamente para mudar a versão apresentada quando tinha o mesmo advogado de Jairinho. Os advogados, que já estiveram na Delegacia da Barra da Tijuca e passaram informações aos investigadores, dizem que ela precisa relatar a verdade sobre a morte do filho. No entanto, a polícia indica que não deve atender ao pedido e pretende encerrar o inquérito nesta sexta-feira (23).

À polícia, a defesa contou também como era a convivência da mãe de Henry com o vereador, de quem sofria agressões, e que ela foi coagida para contar outra versão sobre a morte do filho. Os advogados também destacaram que ela tomava, sem saber, remédios que Jairinho misturava em bebidas.

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De acordo com a defesa, Monique só teria percebido que foi enganada ao conhecer o histórico de agressões do político contra outras mulheres e seus filhos. Com esses argumentos, a defesa quer anular o depoimento da mãe de Henry e realizar um novo procedimento. 

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A morte de Henry

Henry foi deixado pelo pai por volta das 19h30 na casa de Monique e Jairinho, no dia 7 de março. Estava sem nenhum tipo de lesão, de acordo com a investigação. Em poucas horas, chegou morto ao hospital. Apenas o casal esteve com o menino nesse intervalo.

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Henry morreu no Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca. Foi levado para lá pelo casal, que alegava tê-lo encontrado desmaiado no quarto onde a criança dormia. O menino estaria com olhos revirados, pés e mãos geladas e dificuldades para respirar. De acordo com os médicos, o garoto chegou ao estabelecimento em parada cardiorrespiratória. No IML (Instituto Médico Legal), a necropsia constatou múltiplos sinais de trauma, como equimoses, hemorragia interna e ferimentos no fígado, típicos de agressão.

A polícia suspeita que Henry tenha morrido depois de ser submetido por Dr. Jairinho a uma sessão de torturas, com o conhecimento de Monique. Aos investigadores, o casal afirmou suspeitar que o menino teria se ferido em uma queda. Os ferimentos, contudo, não são compatíveis com tal versão.

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O laudo de necropsia elaborado após a reconstituição do caso mostra que o menino sofreu 23 lesões na madrugada em que morreu. Presos por suspeita de matá-lo, Jairinho e Monique carregaram o corpo da criança já morta, às 4h09, do dia 8 de março, conforme mostra imagem do elevador do prédio obtida pelos investigadores.

O documento afirma que as lesões foram cometidas entre 23h30 do dia 7 e 3h30 do dia 8, momento em que o casal diz ter encontrado o menino morto. Jairinho e a mãe de Henry teriam esperado 39 minutos antes de tomar a atitude de levá-lo ao hospital, de acordo com as informações do laudo de reprodução simulada.

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