Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Dez meses após morte de Kathlen Romeu, primeira audiência acontece nesta segunda-feira (11)

Ministério Público indiciou cinco dos doze policiais militares envolvidos por alteração da cena do crime, no dia 8 de junho

Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*

Audiência do caso Kathlen Romeu será hoje (11), dez meses após crime
Audiência do caso Kathlen Romeu será hoje (11), dez meses após crime Audiência do caso Kathlen Romeu será hoje (11), dez meses após crime

A primeira audiência do caso Kathlen Romeu será nesta segunda-feira (11), às 13h15, no Fórum Central do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Dez meses depois da morte da jovem, grávida, no Complexo do Lins, cinco dos dozes policiais militares envolvidos na ação são acusados de alterar a cena do crime: um capitão, um terceiro-sargento e três cabos.

Na última sexta-feira (8), amigos e parentes da designer de interiores realizaram um ato por justiça em frente ao Ministério Público do estado. A Faferj (Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro) emitiu uma nota pública em apoio à família da vítima.

"O Estado matou Kathlen Romeu e seu bebê, mas não quer assumir", afirmou a associação. Não houve nenhum indiciamento após as investigações. A mãe de Kathlen, Jacklline Oliveira, cobrou respostas das autoridades.

"Nunca vão tirar a minha filha porque ela não está comigo, mas ela vive em mim. Eles nunca vão tirar a memória da minha filha. Eles me tiraram a maternidade, o direito de viver, exercer a maternidade, o direito de ser avó. Eles tiraram a minha vida!", disse Jacklline em entrevista à Record TV Rio

Publicidade

A avó da jovem de 24 anos chegou a segurá-la depois que ela foi baleada naquela tarde de 8 de junho de 2021. Kathlen, grávida de três meses do primeiro filho, não morava mais na comunidade do Lins, mas foi visitar a parente.

"A dor é a mesma do dia, só aumenta e piora. [...] Eu tento não entrar em pânico, para poder estar nessa guerra. Eu chamo de guerra, né?, essa luta, mas vida acabada", lamentou a avó, Sayonara Fátima. 

Publicidade

Histórico da investigação

O laudo do IML (Instituto Médico-Legal) mostrou que Kathlen morreu após ter sido atingida por um tiro de fuzil no tórax. De acordo com a Polícia Civil, o projétil não ficou alojado no corpo da vítima.

Apesar de a Polícia Militar afirmar que havia um confronto com criminosos na ocasião, as testemunhas, inclusive a avó da jovem, negam essa versão. A PM diz que os agentes da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Lins estavam em patrulhamento e atiraram na direção de criminosos em reação ao ataque.

Publicidade

Doze policiais envolvidos na ação foram afastados temporariamente. Um deles afirmou não ter visto Kathlen durante a troca de tiros na região conhecida como Beco 14. Ele informou que teria disparado cinco vezes contra o bando e um colega teria disparado duas vezes.

Os cartuchos da munição usada no tiroteio não foram encontrados no local, o que prejudicou a perícia. No dia 14 de julho, a polícia chegou a fazer a reprodução simulada do crime

Em dezembro, o MP-RJ denunciou os cinco agentes por alteração da cena do crime.

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.