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Justiça torna policiais civis réus pela morte do adolescente João Pedro

Jovem foi morto durante operação no Complexo do Salgueiro. Policiais também foram denunciados por fraude processual

Rio de Janeiro|Inácio Loyola, do R7*

A Justiça do Rio aceitou a denúncia do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e tornou réus os policiais civis Fernando de Brito Meister, Mauro José Gonçalves e Maxwell Gomes Pereira por homicídio duplamente qualificado do adolescente João Pedro. O jovem foi morto durante uma operação no Complexo do Salgueiro em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.

João Pedro foi morto a tiros
João Pedro foi morto a tiros

Os policiais também foram denunciados por fraude processual. Segundo o Ministério Público, eles alteraram e fraudaram a cena do crime, com a intenção de criar vestígios de um suposto confronto com criminosos.

A Justiça determinou ainda que os réus sejam suspensos da função pública e proibiu que eles acessem qualquer unidade da Polícia Civil. Os agentes também foram impedidos de manter contato direto ou por outra pessoa com quaisquer das testemunhas.

A prisão preventiva dos policiais será decretada em caso de descumprimento das medidas cautelares.


O R7 entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda a resposta da corporação.

Denúncia do MP-RJ


João Pedro, de 14 anos, foi assassinado a tiros durante uma operação policial em conjunto com a Polícia Federal no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no dia 18 de maio de 2020, para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes de uma facção criminosa.

Segundo a denúncia da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Niterói e São Gonçalo, os agentes alteraram e fraudaram a cena do crime, enquanto aguardavam a chegada da equipe de peritos, com a intenção de criar vestígios de um suposto confronto com criminosos.


Ainda de acordo com o MP-RJ, os policiais civis plantaram no local diversos artefatos explosivos e uma pistola, posicionaram uma escada junto ao muro dos fundos do imóvel e produziram marcas de disparos no portão da garagem.

"Em total menoscabo pelas vidas dos moradores inocentes da localidade de Itaoca, adentraram no terreno e alvejaram, sem nenhum motivo justificador, a residência em cujo interior se encontravam seis jovens desarmados, vindo a atingir e matar a vítima", diz um trecho da denúncia.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira 

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