A necropsia realizada no corpo de Lilian Calixto, que morreu após um procedimento estético realizado no apartamento do médico Denis Furtado, não foi capaz de apontar a causa da morte da bancária. Os médicos legistas responsáveis pelo laudo pediram exames complementares para chegar a um resultado conclusivo. No último dia 14, ela foi atendida por Denis, conhecido como “Dr Bumbum”, em uma cobertura na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde recebeu a aplicação de 300 ml da substância conhecida como metacril - nome comercial do polimetilmetacrilato - nos glúteos. Após o procedimento, Lilian passou mal e deu entrada na emergência de um hospital particular apresentando um quadro de trombose. Depois de quatro paradas cardiorrespiratórias, a bancária faleceu. Médicos ouvidos pela RecordTV acreditam que a causa da morte seja uma embolia pulmonar ou uma trombose coronariana causada pelo metacril. A resolução da Agência de Vigilância Sanitária, que regulamenta o uso da substância, libera a aplicação do produto apenas em pequenas quantidades e restringe o uso na região dos glúteos. Denis Furtado foi preso na última quinta-feira (19) e transferido para o presídio de Genicinóno final de semana.O médico será ouvido mais uma vez pela Polícia Civil, após cair em contradição em outros dois depoimentos e na entrevista coletivana 16ª DP (Barra da Tijuca).Outros casos A Polícia Civil está investigando a morte de uma modelo de 24 anosque passou mal e chegou sem vida ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, na noite da última sexta-feira (20). A jovem pode ter sido mais uma vítima de um procedimento estético ilegal. A família de Mayara da Silva dos Santos acredita que ela tenha injetado metacril nos glúteos. Além disso, amigos da jovem contaram na 16ª DP (Barra da Tijuca) que uma suspeita ofereceu à vítima procedimentos para aumentar coxas, glúteos e tirar gordura da barriga, que seriam realizados em uma casa na Barra da Tijuca. O caso mais recente é de Adriana Ferreira Pinto, que morreu no mesmo dia e hospital que Mayara. Ela foi levada à unidade por uma ambulância do Corpo de Bombeiros, já em parada cardiorrespiratória. Segundo informações fornecidas pela CER Barra (Coordenação de Emergência Regional da Barra da Tijuca), a paciente havia passado por uma lipoescultura uma semana antes. O depoimento do marido da vítima confirmou que ela se submeteu a um procedimento cirúrgico estético na segunda-feira da semana passada (16), em uma clínica em Niteroi, na região metropolitana do Rio de Janeiro. *Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa
