Menina ferida em vazamento de combustível segue em estado grave
Com queimaduras em 80% do corpo, Ana Cristina Pacheco, de 9 anos, está em coma induzido, de acordo com a mãe Fernanda
Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7
Uma menina de 9 anos ferida no vazamento de combustíveis da Transpetro, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, permanece internada no Hospital Adão Pereira Nunes em estado gravíssimo, segundo boletim médico divulgado pela unidade neste sábado (27).
Com queimaduras em 80% do corpo, Ana Cristina Pacheco passou por cirurgia ao dar entrada no hospital na sexta-feira (27).
Em entrevista hoje, a mãe, Fernanda Pacheco, afirmou que a criança está em coma induzido e que os médicos aguardam as próximas 72 horas para avaliar o caso.
De acordo com informações da Record TV, a menina mora em uma casa próxima ao local onde ocorreu um vazamento provocado por uma tentativa de furto.
A mãe disse que o material tóxico sufocou toda a família. Na tentativa de deixar o local, Ana Cristina desmaiou e caiu numa poça de gasolina tipo A - altamente corrosiva.
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Além da criança, outras duas vítimas do acidente foram socorridas para o mesmo hospital. Olavo Pacífico dos Santos, funcionário da Transpetro, e Antônio Martins da Silva, receberam alta nesta manhã.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Duque da Caxias informou que vai multar a subsidiária da Petrobras em R$ 17 milhões por ter permitido construção de casas em um raio de 10 km. O duto, que foi alvo de criminosos, tem 364 km de extensão e liga o Rio de Janeiro a Belo Horizonte.
Em nota, a Transpetro informou que vazaram 236.9 m³, cerca de 23,6 mil litros, de combustível do oleoduto. Segundo a empresa, as equipes estão concentradas no recolhimento do produto, na remoção do solo contaminado e no monitoramento permanente de toda a região. Uma unidade especializada de atendimento à fauna está instalada na área.
A companhia também afirmou que está prestando toda a assistência aos moradores, que foram deslocadas para um hotel da região.