Testemunhas se sentem ameaçadas, diz advogado de família da Ágatha

O advogado Rodrigo Mondego, representante da família da menina Ágatha Félix, morta com um tiro nas costas, na última sexta-feira (20), disse à imprensa nesta quarta-feira (25) que as testemunhas do caso estão se sentindo ameaçadas. A declaração foi feita no mesmo dia em que os pais da menina prestaram depoimento.

Mondego não revelou quais testemunhas estavam se sentindo ameaçadas, mas destacou que o motorista da Kombi onde Ágatha estava pode ser um deles.

“Todos estão com bastante receio e existe sempre o medo de uma testemunha ter algum tipo de ameaça. A gente vai soltar uma nota mais tarde, mas podemos afirmar que o motorista está se sentindo ameaçado”, afirmou o advogado.

Durante a entrevista, Mondego também destacou que a família quer enfatizar que não havia tiroteio no momento em que Ágatha foi atingida, versão contrária ao que os policiais militares declararam logo após o incidente.

“A família tem confiança no trabalho da Polícia Civil e acredita que a Divisão de Homicídios vai conseguir solucionar esse caso e fazer justiça. Mas a família também refuta a versão de que havia tiroteio no local. Isso a família deixou nítido. Eles não sabem de onde partiu a bala, pode ter sido de uma briga de bar, um marido tentando matar a mulher, um marginal, um PM, mas não havia confronto naquela localidade, naquele determinado momento.”

Além de Vanessa Sales e Adgenilson Lima, mãe e pai de Ágatha, outros dois parentes foram ouvidos nesta quarta. O motorista da Kombi e alguns policiais militares também prestaram depoimento nos últimos dias.

As armas dos PMs envolvidos na ação que causou a morte de Ágatha foram periciadas. A Polícia Civil pretende fazer uma reconstituição no próximo dia 1º de outubro.

Assista à entrevista do advogado da família da menina Ágatha:

*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa