O TEM (Tribunal Especial Misto), responsável pelo julgamento do processo impeachment do governador afastado do Rio, Wilson Witzel, vai analisar os recursos apresentados pela defesa do réu, além de colher o depoimento de mais duas testemunhas, na próxima sessão marcada para quarta-feira (13).
Tribunal vai julgar recursos da defesa de Witzel
Fernando Frazão/Agência BrasilO presidente do TEM, desembargador Claudio de Mello Tavares, determinou também buscas pelo endereço de um empresário apontado pelo MPF (Ministério Público Federal) como integrante do suposto esquema de corrupção que motivou as investigações contra Witzel.
A pedido do relator do processo, deputado estadual Waldeck Carneiro, sistemas de informações devem ser acionados para localizar e intimar a testemunha.
"É espantoso que não se consiga intimar a testemunha arrolada por mim. Considero peça importante porque é apresentado como um dos principais assessores, assistentes, operadores, talvez, do pastor Everaldo. Matinha relações com o ex-secretário Edmar Santos, desde que ele era diretor do Hospital Universitário Pedro Ernesto. Fez um confissão, é réu confesso. Portanto, considerado muito importante ouvir a testemunha para que o Tribunal Especial Misto forme um juízo mais preciso possível sobre os fatos que estão sendo apurados. Nós já fornecemos quatro ou cinco diferentes endereços à Secretaria-Geral do Tribunal de Justiça, mas é impressionante como não se acha a pessoa", disse Waldeck Carneiro.
Já a segunda testemunha deverá ser ouvida pelo Tribunal de Justiça do Piauí, onde reside, em outra data.
Witzel terá de devolver parte do salário
O Tribunal determinou também que a Secretaria de Estado da Casa Civil informe o valor que Wilson Witzel terá de devolver após receber indevidamente parte do salário de dezembro.
Mesmo após o TEM decidir pela redução de 1/3 da remuneração do governador afastado, em novembro do ano passado, o valor foi depositado integralmente na conta corrente de Witzel.
A defesa do réu alega que houve um equívoco da atual gestão. Já o governo estadual afirmou ter sido notificado na última terça (5) e vai cumprir a decisão.