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Após quimioterapia, Bruno Covas fará novo tratamento contra câncer

Prefeito já passou por oito sessões de quimioterapia e agora será submetido a imunoterapia para combater tumor na cárdia descoberto em outubro

São Paulo|Do R7, com informações da Agência Record

Bruno Covas
Bruno Covas

Após oito sessões de quimioterapia, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, de 39 anos, precisará passar por uma segunda fase de tratamento com imunoterapia, pelos próximos seis meses, para combater um câncer na cárdia (transição entre estômago e esôfago), informou a equipe médica do Hospital Sírio-Libanês em entrevista coletiva concedida no início da tarde desta quinta-feira (27). 

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A imunoterapia é um tipo de tratamento que começou a ser aplicado nos últimos 10 anos e consiste na aplicação de medicamentos que fortalecem o sistema imunológico. As sessões duram 30 minutos. A expectativa é que, fortalecido, o próprio organismo do prefeito combata o que restou do câncer.

Segundo o oncologista Tulio Pfiffer, que faz parte da equipe que atende o prefeito no Hospital Sírio-Libanês, no centro de São Paulo, "há menos efeitos adversos" com o tratamento. Covas poderá ter fraqueza ou reações que afetem o sistema linfático, mas a maioria dos pacientes não tem efeitos colaterais.


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Rotina


Com essa nova etapa, o prefeito poderá "paulatinamente retomar todas as atividades", segundo o infectologista David Uip, que coordena a equipe que atende o prefeito. Isso inclui a possibilidade de participar de eventos públicos, o que havia sido vedado anteriormente.

A imunoterapia foi definida após uma análise molecular genética das células cancerígenas do prefeito, que são de um tipo que responde bem a esse tratamento, segundo o diretor do centro de oncologia do Sírio, Artur Katz. "O tratamento cirúrgico não foi indicado", disse Uip, uma vez que a opção com medicação é tida como eficiente.


Tratamento

No final de outubro, Covas recebeu o diagnóstico de câncer na cárdia, com metástase também no fígado e linfonodos. De acordo com o médico infectologista, David Uip, o prefeito reagiu muito bem às sessões de quimioterapia e houve regressão do tumor após o primeiro ciclo do tratamento.

Covas recebeu o diagnóstico enquanto médicos investigavam as possíveis origens para coágulos que haviam se formado em uma das pernas e migrado para o pulmão do prefeito. Inicialmente, ele foi submetido a três sessões de quimioterapia, e respondeu bem à medicação. Diante disso, o prefeito fez mais cinco sessões, sendo que a última foi finalizada no começo deste mês.

Exames feitos após esse ciclo de tratamento mostraram desaparecimento dos tumores na cárdia e no fígado, mas apontaram que uma das glândulas linfáticas ainda apresentava tamanho anormal para uma pessoa com as características do prefeito. Assim, na semana passada, Covas foi submetido a uma biópsia, que colheu material daquela área, e cujos resultados estão sendo apresentados nesta quinta-feira. 

Reeleição

Até o momento, não há recomendação para afastamento médico do prefeito, que não se licenciou do cargo e alternou os despachos entre seu gabinete, na Prefeitura, e seu quarto no Hospital Sírio-Libanês. Os auxiliares de Covas já contabilizam cinco partidos políticos que devem compor aliança para a disputa pela reeleição, em outubro. Covas se mantém pré-candidato pelo PSDB, mas ainda não definiu nome para vice.

Caso ele se licencie até a eleição, há acordada a dança de cadeiras na Câmara Municipal da cidade. Tanto o presidente da casa, Eduardo Tuma (PSDB) quanto o primeiro vice-presidente, Milton Leite (DEM), devem disputar eleição por um novo mandato no parlamento. Desse modo, seguindo a legislação eleitoral, não podem assumir a prefeitura caso queiram se candidatar a vereador. Assim, ambos também devem se licenciar caso Covas peça o afastamento. A Prefeitura então será assumida pelo vereador Celso Jatene (PL), que não deve disputar eleição neste ano. Jatene foi secretário de Esportes e Lazer na gestão Fernando Haddad (PT).

Na imunoterapia, não há expectativa de que Covas se interne para receber o medicamento. Em dois ou três meses, segundo os médicos ele fará uma rodada de exames para verificar se o processo está atingindo os resultados esperados.

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