São Paulo Caso Sophia: pai é condenado pela segunda vez por matar filha

Caso Sophia: pai é condenado pela segunda vez por matar filha

Novo Conselho de Sentença classificou o caso como homicídio culposo; a pena é de prisão por um ano e seis meses

  • São Paulo | André Carvalho, da Agência Record

Resumindo a Notícia

  • Ricardo Najjar foi condenado a 1 ano e 6 meses de prisão por matar a filha, Sophia, de 4 anos.
  • O caso aconteceu em dezembro de 2015, no apartamento de Ricardo, na zona sul de SP.
Ricardo Najjar foi condenado pela morte da filha

Ricardo Najjar foi condenado pela morte da filha

Reprodução/ Record

Ricardo Krause Esteves Najjar foi condenado nesta quinta-feira (25) a um ano, seis meses e 20 dias de prisão pela morte de sua filha, Sophia Kissajikkian Cancio Najjar, de 4 anos. O crime aconteceu em 2015, na zona sul de São Paulo.

Esse não foi o primeiro julgamento do caso. Em 2018, Ricardo foi condenado a 24 anos, dez meses e 20 dias de prisão.

Mas o tribunal foi anulado em 2020 por "contradição dos quesitos dos jurados". Ricardo, então, passou a responder ao caso em liberdade.

No primeiro julgamento, Ricardo foi condenado por homicídio doloso, ou seja, quando há intenção de matar. O novo Conselho de Sentença, no entanto, reavaliou o caso e condenou o pai de Sophia por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Relembre o caso Sophia

Em 2015, a Polícia Civil concluiu que Ricardo Krause Esteves Najjar assassinou sua filha, Sophia Najjar. Ela foi encontrada morta com um saco plástico na cabeça, no dia 2 de dezembro, no apartamento do pai, na zona sul de São Paulo.

Segundo a investigação, havia a suspeita de que Sophia teria se sufocado acidentalmente, mas laudos do IML (Instituto Médico-Legal) mostram que ela havia sido vítima de agressão.

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Segundo os exames, Sophia morreu sufocada por asfixiamento, teve o tímpano esquerdo rompido, sofreu um edema cerebral e ficou com 21 hematomas espalhados pelo corpo. A principal suspeita é que ela tenha sido morta após contrariar o pai.

Em depoimento, Ricardo afirmou que encontrou a menina caída ao sair do banho. Ele teria posto a criança sobre a cama e só então tentado tirar o saco que a sufocava. Ao perceber que havia sangramento no rosto de Sophia, ele teria ligado para pedir socorro.

Os policiais, no entanto, contestaram a versão do suspeito. Os dados do telefone de Ricardo mostram que ele teria ligado primeiro para o pai, para a namorada e só depois para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Em 2018, no entanto, a defesa de Ricardo conseguiu reverter a decisão, argumentando divergência no voto dos jurados.

De acordo com a decisão da 12ª Câmara de Direito Criminal da época, os desembargadores entenderam que houve uma "contradição dos quesitos dos jurados".

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