O estado de São Paulo tem, desde o dia 1º de agosto, 2,5 mil policiais militares utilizando câmeras corporais durante o trabalho diário nas ruas. A medida foi anunciada em julho, após explosão da mortalidade policial e flagrantes de abusos cometidos por agentes, mas deve gerar mais proteção também aos próprios policiais, de acordo com comandantes da corporação.
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As ocorrências gravadas podem fortalecer as provas colhidas em processos judiciais e apaziguar potenciais conflitos, que ocorreriam caso a ação não estivesse sendo filmada.
No total, são 585 câmeras usadas em revezamento. Até o final do ano, a PM pretende adquirir mais 2,5 mil novas câmeras, um investimento de R$ 7 milhões.
De acordo com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, general Campos, o número deve ser ampliado até chegar a 10 mil, para equipar todas as unidades do estado de São Paulo.
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Com capacidade para captar som e imagens, as câmeras são acopladas aos uniformes dos policiais e acionadas em todas as abordagens, fiscalizações, buscas, varreduras, acidentes e demais interações com o público. Os dados são registrados em um sistema de armazenamento na nuvem, vão para um software de custódia e podem ser acessados remotamente por autoridades de segurança e judiciais sempre que necessário.
Fora isso, as imagens serão protegidas, invioláveis e, enquanto o caso estiver em investigação, não poderão ser divulgadas.