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Família morta: médica de menino suspeito do crime diz que remédios não causavam transtorno psicológico

Garoto tratava uma doença degenerativa que afeta o sistema respiratório

São Paulo|Do R7, com Domingo Espetacular

Na foto, menino aparece com os pais, os policiais militares Luis Marcelo e Andreia Pesseghini
Na foto, menino aparece com os pais, os policiais militares Luis Marcelo e Andreia Pesseghini Na foto, menino aparece com os pais, os policiais militares Luis Marcelo e Andreia Pesseghini

Os remédios que Marcelo Eduardo Pesseghini, de 13 anos, tomava para o tratamento de fibrose cística não teriam influência no comportamento do adolescente, de acordo com a médica dele, Neiva Damasceno. O menino é o principal suspeito de ter matado os pais — o casal de PMs Luis Marcelo e Andreia Pesseghini —, a avó e a tia-avó. Na versão da polícia, ele se suicidou após os crimes, na segunda-feira (5).

A pneumologista garantiu que a doença e os remédios não alterariam a mente e o comportamento de Marcelo.

— A doença não compromete o desenvolvimento neurológico, tampouco mental.

O menino nasceu com a doença. Quando era bebê, os médicos disseram que ele não sobreviveria até os quatro anos. Mas ele respondeu bem ao tratamento e chegou completou 13 anos em junho.

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Entenda o caso da família morta na zona norte de São Paulo

A fibrose cística é uma doença genética, herdada de um dos pais, mesmo que não a manifeste. O problema é caraterizado, principalmente, por problemas no sistema respiratório, mas também atinge o aparelho digestivo. Quem sofre desse mal tem dificuldades de ganhar peso, por exemplo. Nos pulmões, a fibrose cística pode causar pneumonias de repetição e bronquite crônica.

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A médica de Marcelo disse estar “chocada” com o que aconteceu.

— Menino lindo, muito educado, carinhoso, nunca teve qualquer transtorno de comportamento, nunca deu trabalho. Assustadoramente inexplicável.

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Assassinato de PMs por filho intriga especialistas

O psiquiatra Guido Palomba faz outra avaliação. Para ele, Marcelo pode ter sofrido um surto psicótico ao saber que a doença reduz a expectativa de vida.

— Eu acho que esse crime, obrigatoriamente, a gente tem que admitir que ele estava em estado de transtorno mental. Sem admitir um estado psicopatológico não dá pra entender esse crime.

A Polícia Civil continua as investigações do caso. Uma semana após os assassinatos, a linha defendida pelo delegado Itagiba Vieira Franco é a mesma. Ele aguarda laudos da perícia para confirmar se a família teria sido sedada antes de ser morta. Fontes da TV Record informaram que no computador dos Pesseghini, apreendido para ser periciado, havia buscas recentes na internet sobre como dopar uma pessoa.

Laudos necroscópicos e da cena do crime devem ficar prontos nos próximos dias e vão esclarecer questões ainda não explicadas pelas investigações, como a provável hora em que cada um morreu, quem foi baleado primeiro e porque a mãe foi a única que parecia estar acordada quando foi baleada. Ela estava ajoelhada sobre o colchão onde o marido dormia e com as mãos cruzadas sob a cabeça. As demais vítimas pareciam ter sido assassinadas durante o sono.

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