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Viaduto Jaguaré levará cinco meses para ficar pronto e custará R$ 30 mi

Segundo a prefeitura, recuperação do viaduto se dará em três etapas: reformar os dois pilares, reparar a viga e o tabuleiro da obra

São Paulo|Plínio Aguiar, do R7

Viaduto Jaguaré, na zona oeste de SP, cedeu dois metros no dia 15 de novembro
Viaduto Jaguaré, na zona oeste de SP, cedeu dois metros no dia 15 de novembro Viaduto Jaguaré, na zona oeste de SP, cedeu dois metros no dia 15 de novembro

A Prefeitura de São Paulo divulgou nesta segunda-feira (17) um balanço das obras que já foram feitas no viaduto Jaguaré, na marginal Pinheiros, que cedeu no dia 15 de novembro. Segundo a pasta, a estrutura deve ficar pronta daqui cinco meses e terá o custo de R$ 30 milhões aos cofres públicos.

A recuperação do viaduto se dará em três etapas: reformar os dois pilares, reparar a viga e, por final, o tabuleiro da obra. De acordo com o secretário de Infraestrutura Urbana e Obras, Vitor Aly, a parte mais importante é a da reforma do tabuleiro.

De um lado do viaduto, o concreto será removido e, em seguida, será reconstruído a laje inferior com o tamanho de 20cm. Depois, irão reforçar a laje inferior com lâminas de carbono e, por fim, injetar resina nas fissuras da laje superior. Do outro lado, técnicos e engenheiros irão injetar e reconstruir a laje inferior e, em seguida, reforçar a laje com lâminas de carbono.

O secretário de Infraestrutura Urbana e Obras disse que a fadiga do concreto e defeitos ocultos fizeram com que o viaduto ruísse dois metros. “Leva em consideração o encurtamento simétrico e o impacto. O problema foi um aparelho de apoio que não funcionou como projetado”, disse, reforçando ser um conjunto de fatores o motivo do desabamento parcial.

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A pasta também informou que irá abrir novas passagens nos canteiros centrais da marginal Pinheiros. A interdição, que antes era de 20km, passa a ser de 2,9km.

A próxima ação, comentou o secretário de Mobilidade e Transportes, João Octaviano, é a liberação do acesso da ponte Itapaiuna para a pista expressa.

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Uma hipótese que a prefeitura paulistana descartou foi a demolição do viaduto. Segundo números apresentados pela pasta, essa opção iria demorar dois anos e custaria aos cofres públicos R$ 70 milhões.

O que já foi feito?

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Passados 17 dias após o desabamento parcial, a prefeitura fez escoramento do tabuleiro, de 120 metros — trabalho que durou quatro dias. Em seguida, o pilar provisório foi instalado. Nessa etapa, instalou-se duas estacas mais três macacos hidráulicos e a ação demorou cinco dias. Depois, foi colocado um bloco de reação. Dez estacas e um bloco de apoio para dar sustentação aos macacos hidráulicos e está parte demorou oito dias. Por fim, o uso de macacos — ao todo foram seis com capacidade de 300 toneladas cada um. Esta etapa durou dois dias.

Viaduto

Parte da estrutura do viaduto do Jaguaré, que faz parte do complexo da ponte do Jaguaré, na marginal Pinheiros, na zona oeste, cedeu por volta de 3h de quinta-feira, 15 de novembro.

O motorista Ronaldo Andrade, de 42 anos, dirigia na ponte no momento que o viaduto cedeu, e disse que viu dois carros desapareceram na sua frente. “Foi uma coisa bem esquisita, a gente estava andando na marginal e os dois carros sumiram. Foi como se o chão sumisse, conforme o carro bateu na frente, derramou o óleo e foi para a parte da frente da mureta lateral da marginal”, relatou.

De acordo com o prefeito Bruno Covas (PSDB), “não havia nenhuma indicação ou possibilidade de que isso fosse acontecer”. O tucano disse, logo após o viaduto ruir, que não houve manifestação externa. O IC (Instituto de Criminalística) apontou, em análise preliminar, que o excesso de carga pode ter sido uma das razões que levou o viaduto a desabar dois metros.

Para resolver o problema do viaduto Jaguaré e das demais estruturas, o tucano criou, em seguida, um Comitê de Crise de Pontes e Viadutos da capital paulista. A prefeitura queria vistoriar cada uma das disposições viárias e recebeu autorização, na quarta-feira (28), autorização do TCM (Tribunal de Contas do Município) para a realização de um contrato emergencial, sem licitação. Diante deste cenário, o TCM acatou o pedido da pasta, mas alertou para que seja feita uma justificativa para cada obra da cidade.

A prefeitura paulistana utilizou macacos hidráulicos para reerguer o viaduto. Antes disso, foram colocadas dez estacas posicionadas entre o solo e a estrutura viária. Em um fim de semana, engenheiros e técnicos conseguiram realizar o procedimento com sucesso.

Interdições

Por causa do desabamento parcial do viaduto, a linha 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) sofreu alterações. O trecho entre as estações Villa Lobos-Jaguaré e Cidade Universitária permanece fechado. A linha, ao todo, recebe diariamente cerca de 600 mil pessoas.

A marginal Pinheiros, por sua vez, recebe 400 mil veículos por dia, segundo estimou a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Desde o dia em que o viaduto ruiu, o órgão interditou 20 km na região – atualmente, foram liberados 17 km.

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