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Anvisa autoriza teste de vacina do Butantan com proteção ampliada contra a gripe

Imunizante tetravalente inclui outra cepa do vírus influenza, a exemplo do que já acontece com vacinas da rede privada

Saúde|Do R7

Atual vacina da gripe protege contra três cepas do vírus influenza
Atual vacina da gripe protege contra três cepas do vírus influenza

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou, na terça-feira (28), o Instituto Butantan a iniciar os testes finais em humanos de uma nova vacina (tetravalente) contra a gripe. O imunizante confere uma proteção adicional contra um tipo do vírus influenza.

O objetivo dessa fase da pesquisa é avaliar a segurança, a imunogenicidade (capacidade de estimular a produção de anticorpos) e a consistência da resposta imune.

O Instituto Butantan é o único fornecedor das vacinas contra a gripe que são usadas pelo SUS em todo o Brasil.

As vacinas são trivalentes. A formulação varia de acordo com os vírus que circulam a cada ano, mas, basicamente, inclui duas cepas do influenza A e uma cepa do influenza B. A definição é feita pela OMS (Organização Mundial da Saúde).


Atualmente, é composta do vírus influenza fragmentado e inativado, com a cepa A (H1N1 e H3N2) e a cepa B (linhagem Victoria e Yamagata).

O Butantan quer agora uma vacina nos moldes das que já são usadas na rede privada, com duas cepas de influenza A e outras duas de influenza B.


A nova formulação inclui também o vírus influenza B (linhagem Victoria – TIV-V-IB).

"Dessa forma, espera-se obter uma vacina análoga à trivalente, mas com uma proteção adicional contra uma segunda cepa B, determinada sazonalmente pela Organização Mundial da Saúde", diz a Anvisa em comunicado.


Na campanha do ano passado, o Ministério da Saúde distribuiu 80 milhões de doses.

Neste ano, o calendário de imunização contra a gripe para os grupos prioritários deve ter início em abril, porém ainda com a vacina trivalente.

O estudo atual da vacina tetravalente pretende incluir cerca de 7.000 participantes em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Ceará, Sergipe e Pernambuco.

Esta última fase do estudo, antes do pedido de registro na Anvisa, deve durar 12 meses, podendo ser prorrogada.

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