Casos de hepatite A dobram entre homens de 20 a 39 anos no país
Entre os 2.086 casos, 1.108 ocorreram no Estado de São Paulo, sendo 786 na capital; quase metade são atribuídos à transmissão sexual
Saúde|Deborah Giannini, do R7
Os casos de hepatite A mais que dobraram em homens de 20 a 39 anos no país. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (5) pelo Ministério da Saúde. No ano passado, foram registrados 40,1 mil novos casos de hepatites virais no Brasil.
Dos 2.086 casos registrados, 1.108 ocorreram no Estado de São Paulo. Mais de 700 foram na capital paulista, sendo 302 atribuídos à transmissão sexual.
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Além da via sexual, a hepatite A é transmitida por água e alimentos contaminados. Existe vacina contra a doença.
Ela é oferecida gratuitamente pelo SUS para crianças entre 15 meses e 5 anos de idade. Segundo o Ministério da Saúde, no Estado de São Paulo, a vacinação também está disponível para homens que fazem sexo com homens.
Já em relação à hepatite B, houve pouca variação nos últimos 10 anos. Foram 14,7 mil casos em 2016 e 13,4 mil em 2017.
Esse tipo de hepatite é transmitido por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos perfuro-cortantes. A vacina para hepatite B está disponível no SUS para todas as pessoas.
Em crianças, a vacina é dada em quatro doses, sendo a primeira ao nascer. Em adultos, que não se vacinaram na infância, são três doses. No ano passado, foram distribuídas 18 milhões de vacinas para todo o país e atualmente, 31,1 mil pacientes estão em tratamento para a doença, segundo o Ministério da Saúde.
Hepatite C é a mais frequente no Brasil
A hepatite C tem o maior número de notificações entre todas as hepatites e é foco de programa de prevenção e combate do governo, que pretende eliminar a doença do país até 2030.
Mais de 332 mil pessoas registraram que possuem a doença desde o final da década de 1990. No ano passado, foram registrados 24,4 mil casos.
A doença acomete principalmente adultos acima de 40 anos. Assim como a hepatite B, é transmitida por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos perfuro-cortantes.
O tratamento com os antivirais de ação direta, disponível no SUS, apresentam taxas de curas superiores a 90%, de acordo com o Ministério.
A meta é do governo é eliminar a hepatite C até 2030. Para isso, pretende simplificar o diagnóstico, ampliar a testagem e fortalecer o atendimento.
Em 2017, a taxa de incidência foi de 11,9 casos por cada 100 mil habitantes. São mais de um milhão de pessoas que tiveram contato com o vírus do tipo C, o que representa 0,71% da população brasileira.
“A hepatite C é uma doença silenciosa. Muitas pessoas estão com o vírus da hepatite C e não apresentam nenhum sintoma, então diagnosticar e tratar essas pessoas da forma mais rápida possível é essencial para a qualidade de vida dessas pessoas e também para a saúde pública”, afirmou Adele Benzaken, diretora do Departamento de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, em comunicado.
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