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Comer menos, viver mais? Estudo revela segredos da longevidade

Nova pesquisa realizada com quase mil roedores questiona se o emagrecimento e as mudanças metabólicas realmente aumentam a expectativa de vida

Saúde|André Naef, do R7

Restrição calórica: longevidade vai além da perda de peso e metabolismo Reprodução/X/@CristinaDragani

Uma pesquisa liderada pelo cientista Gary Churchill do Jackson Laboratory e financiada pela Calico Life Sciences, investigou os efeitos da restrição calórica em camundongos. Com quase mil animais estudados, a pesquisa sugere que a longevidade resultante de dietas restritivas vai além da perda de peso, envolvendo também a saúde imunológica e a resiliência genética.

O estudo observou camundongos com dietas de baixa caloria, jejum intermitente e alimentação livre. Os camundongos que reduziram a ingestão calórica em 40% tiveram maior expectativa de vida, mas aqueles que perderam menos peso viveram mais que os que emagreceram drasticamente. Isso indica que o impacto da dieta ultrapassa as mudanças metabólicas, envolvendo fatores de imunidade e resistência ao estresse gerado pela restrição calórica.

O estresse aparentou ser um elemento-chave na resposta do organismo à restrição calórica. De acordo com os cientistas, a redução de calorias funciona como um fator estressante para o corpo, e os camundongos mais resilientes a esse estresse foram justamente os que viveram mais.

Essas descobertas também questionam como a restrição calórica pode ser aplicada em humanos. Estudos anteriores indicaram que esse tipo de dieta reduz o ritmo metabólico, sugerindo benefícios à saúde. No entanto, a pesquisa sugere que saúde e longevidade nem sempre caminham juntas. Cientistas apontam que manter o organismo saudável pode prolongar o tempo sem doenças, mas não necessariamente a vida.


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