Governo reforça importância da vacinação contra o HPV

Com o objetivo de sensibilizar pais e responsáveis sobre a importância da imunização, o Ministério da Saúde lança, nesta quarta-feira (30), uma campanha de mobilização nacional que incentiva a vacinação de meninas de nove a 13 anos contra o HPV.

De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Carlos Nardi, haverá também o reforço de ações de prevenção do câncer do colo do útero, doença que pode ser evitada em 98% com a vacina contra o vírus.

— Precisamos mostrar os benefícios das meninas que não tiveram contato com o HPV serem vacinadas e estarem livres no futuro, e não só atingir a cobertura vacinal, mas deixar as meninas livres do HPV na vida adulta.

A ideia é que as vacinas estejam disponíveis em mais de 36 mil postos espalhados pelo país. A taxa de cobertura esperada é de ao menos 80% dos 1,7 milhões de meninas da faixa etária coberta pela campanha.

— Hoje mais de 100 países já utilizam a vacina contra o HPV, e sua eficácia está comprovada. O controle social tem uma importância peculiar para usarmos conselhos locais para mobilizar os pais e meninas para a vacinação. E é importante ressaltar também que este ano estamos mudando o esquema vacinal para apenas duas doses.

Para Carlos Magda, coordenador geral do Programa Nacional de Imunizações, já a médio prazo será possível diminuir a incidência da doença.

— O INCA (Instituto Nacional do Câncer) estima que teremos 16 mil novos casos de câncer do colo do útero. A quarta causa de morte por câncer entre mulheres. Com alta cobertura, poderemos mudar a história da evolução da doença e ter uma geração livre do câncer do colo do útero.

O coordenador ressalta que haverá vacinação também em escolas públicas e particulares. Deste modo, as instituições de ensino terão a oportunidade de debater o tema, aumentando a adesão dos professores e dos pais e responsáveis das estudantes.

A vacina adotada pelo Ministério da Saúde, e que se encontra disponível para a população ao longo de todo o ano, é a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos de HPV: 6, 11, 16 e 18. A imunização deverá ser administrada em duas doses, sendo a primeira, preferencialmente, nos meses de março ou abril e, a segunda, seis meses depois.

Meninas de nove a 13 anos que ainda não foram vacinadas, devem procurar um posto para receber a dose, assim como as adolescentes de dez a 13 que também não foram vacinadas ou não completaram o total das doses. O Ministério da Saúde informa, ainda, que a imunização inclui também a população indígena na mesma faixa etária, além de mulheres portadoras do vírus HIV entre nove e 26 anos.

Ao todo, foram investidos R$ 1,1 bilhão na compra de 32 milhões de doses nos últimos três anos.

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