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Mulher passa por transplante dos dois pulmões e se livra de câncer terminal

Tumor estava restrito aos órgãos, que foram completamente removidos, juntamente com os gânglios linfáticos

Saúde|Do R7

Tannaz e o marido; ela fez a cirurgia em 2022, após ele encontrar o centro médico especializado
Tannaz e o marido; ela fez a cirurgia em 2022, após ele encontrar o centro médico especializado Tannaz e o marido; ela fez a cirurgia em 2022, após ele encontrar o centro médico especializado

Uma mulher de 64 anos, moradora do estado americano de Minnesota, viu-se livre de um câncer de pulmão em estágio 4 (o mais avançado) após um transplante.

A cirurgia ocorreu em julho do ano passado, mas os resultados bem-sucedidos só se tornaram públicos nesta quarta-feira (15), em um comunicado do Northwestern Medicine Canning Thoracic Institute, em Chicago, onde ela foi realizada.

A enfermeira aposentada Tannaz Ameli começou a sentir os primeiros sintomas da doença em 2021, quando teve uma tosse persistente. Em janeiro do ano passado, recebeu a notícia de que estava com um câncer em estágio 4.

Ela passou por quimioterapia, mas o tratamento não funcionou. Os médicos em Minnesota já diziam não haver mais o que fazer e recomendaram à idosa apenas cuidados paliativos.

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Inconformado, o marido dela decidiu buscar alternativas. Ele chegou até a Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern, onde, em 2021, o cirurgião torácico Ankit Bharat já havia realizado com sucesso o primeiro transplante duplo de pulmão, também em um paciente com câncer.

"Quando vim para a Northwestern Medicine, a primeira coisa que o doutor Bharat me disse foi: 'Acho que podemos deixá-la livre do câncer', e ele cumpriu essas palavras", contou Tannaz na nota publicada pela instituição.

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Tosse persistente levou idosa a procurar médico e descobrir um câncer de pulmão
Tosse persistente levou idosa a procurar médico e descobrir um câncer de pulmão Tosse persistente levou idosa a procurar médico e descobrir um câncer de pulmão

O transplante ao qual a enfermeira aposentada foi submetida só foi possível porque o tipo de câncer de pulmão dela se restringia àqueles órgãos e não tinha se espalhado para outras parte do corpo.

Na cirurgia, a paciente foi colocada em uma máquina que faz o trabalho do coração e dos pulmões, para que, então, esses últimos fossem removidos completamente, incluindo os gânglios linfáticos, de forma simultânea.

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"Esses pacientes podem ter bilhões de células cancerígenas nos pulmões, por isso devemos ser extremamente meticulosos, para não deixar uma única célula vazar para a cavidade torácica ou para a corrente sanguínea do paciente. Acreditamos que esta técnica possa ajudar a reduzir o risco de recorrência", explicou Bharat.

A experiência de transplante duplo de pulmão foi adquirida pelos especialistas da Northwestern com pacientes de Covid-19. A sobrevida um ano após a cirurgia foi de 90%.

A disponibilidade de pulmões para a doação seria outro problema a ser considerado, mas um programa recém-lançado pela instituição tem obtido bons resultados com a reparação de órgãos danificados que podem ser recebidos por pacientes com câncer.

Agora, o centro médico vai lançar um programa para ampliar o número de transplantes para pacientes na mesma condição de Tannaz.

A iniciativa traz a esperança de dias melhores em um país onde o número de mortes por câncer de pulmão supera o de tumores de cólon, mama e próstata juntos. 

No Brasil, o câncer de pulmão é o que mais mata homens e o segundo com o maior número de óbitos entre as mulheres.

"Estes são pacientes diagnosticados com algumas formas de câncer de pulmão que se espalharam dentro do pulmão, estão sem opções de tratamento e têm tempo de vida limitado. Neste programa exclusivo, incluiremos pacientes selecionados com algumas formas de câncer de pulmão que são limitadas aos pulmões para consideração de transplante de pulmão duplo se os tratamentos convencionais ou experimentais falharem", acrescentou o médico.

Saiba como prevenir o câncer de pulmão, o que mais mata no Brasil

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