Mulheres que passam mais tempo sentadas têm menos anos de vida

Pesquisa demonstrou que mulheres acima dos 60 anos que passam 10 horas sentadas por dia se tornam mais frágeis e têm risco de viver menos

Saúde|Deborah Giannini, do R7

29/06/2018 - 14h14 (Atualizado em 22/02/2024 - 03h31)

Mulheres que passam mais tempo sentadas têm maior chance de se tornarem frágeis na velhice e viver menos. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade de Queensland, em Brisbane, na Austrália.

Publicado no American Journal of Epidemiology, o estudo analisou cerca de 5.500 mulheres sedentárias acima de 60 anos durante 12 anos. Para realizar a análise, classificou o período de tempo sentado em três categorias: baixo (até 3,5 horas por dia), médio (até 5,5 horas por dia) e alto (mais de 10 horas por dia).

Saiba mais: Um em cada 5 adultos é sedentário, diz Organização Mundial da Saúde

As mulheres que apresentaram maior nível de sedentarismo, ou seja, que permaneciam cerca de 10 horas sentadas por dia, corriam mais risco de se tornarem frágeis na velhice.

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Isso significa menor capacidade para se recuperar de doenças e de ferimentos, segundo o pesquisador. “Também está ligado ao aumento do risco de hospitalização, quedas e mortalidade prematura”, explica.

O pesquisador Paul Gardiner, do Centro de Pesquisa em Serviços de Saúde da Universidade de Queensland, afirmou, por meio de comunicado, que o estudo comprovou que mulheres correm mais riscos de se tornarem vulneráveis que os homens na velhice.

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Mas, segundo Gardiner, os efeitos de ficar sentado por muito tempo podem ser revertidos. O estudo demonstrou que as participantes que reduziram o tempo sentada em duas horas diárias tiveram o risco dessa vulnerabilidade diminuído.

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“Para excluir completamente o aumento desse risco, as mulheres devem tentar permanecer sentadas em níveis baixos ou médios, além de se manterem fisicamente ativas”.

Forma de encarar a velhice é o principal segredo de longevidade das mulheres:

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Mas, o que garante a longevidade com saúde? Em 1952, ano em que Bruna Lombardi nasceu, a expectativa de vida das mulheres no Brasil era de 43,3 anos, segundo o IBGE. Atualmente, as mulheres vivem cerca de 79,1 anos

De acordo com Maísa Kairalla, médica geriatra, levar a vida numa boa é o segredo da saúde. A forma de encarar a velhice é um diferencial. Entretanto, não é a tranquilidade que vai definir o tempo de vida, uma vez que, além dos fatores genéticos, há os hormônios estrógeno e progesterona, que mantém o sistema imunológico feminino mais forte

Por isso, o cuidado com a saúde é essencial. Nos anos 1960, quando o tabagismo era moda, esperava-se que elas vivessem por 48 anos, em média. Em 1990, com a onda das redes de lanchonetes, a expectativa era de 66,6 anos. Em 2000, com a ajuda de campanhas contra o tabagismo e a favor de uma alimentação saudável, o número subiu para 70,4 anos vividos

Quando a sociedade percebe o aumento da expectativa de vida, passa a se preparar para o envelhecimento. Para isso, mudar o estilo de vida é fundamental. É preciso aliar uma alimentação saudável à prática regular de exercícios físicos

E é possível começar depois dos 40 anos. Terezinha Passareli despertou para o passar do tempo quando estava à beira dos 50 anos. Sentindo-se mais madura, confiante e até mais bonita, ela descobriu uma nova profissão aos 63: tornou-se modelo

Verônica
Scavonne, professora de passarela, começou a dar aulas para modelos maduras há três anos. Estar aberta a novas experiências pode ser um fator decisivo no aumento da longevidade, segundo um estudo publicado pela revista científica Nature

Assim como manter o físico saudável, é importante não deixar o cérebro enferrujar. Fazer um curso, ler bons livros ou viajar são os segredos de uma mente jovem. Aprenda com o sábio tempo das mulheres e planeje-se para o envelhecimento.

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