Saúde Sobe para 11 total de mortos por vírus Marburg na Guiné Equatorial

Sobe para 11 total de mortos por vírus Marburg na Guiné Equatorial

Essa doença altamente virulenta causa febre hemorrágica e tem uma taxa de mortalidade de até 88%

  • Saúde | Do R7

Guiné Equatorial registra a primeira epidemia de Marburg da história

Guiné Equatorial registra a primeira epidemia de Marburg da história

NIAID/ Wikimedia Commons

A Guiné Equatorial registrou duas novas mortes ligadas à doença causada pelo vírus Marburg, o que eleva para 11 o número de vítimas dessa febre hemorrágica quase tão letal quanto o ebola — informou o governo do país em um comunicado divulgado nesta terça-feira (28).

"O sistema de alerta foi ativado há dois dias e recebeu oito notificações, incluindo dois mortos com sintomas compatíveis com os da doença", disse o ministro da Saúde, Mitoha Ondo'o Ayekaba, na nota.

"Até o momento, contamos com 48 contatos, dos quais quatro desenvolveram sintomas objeto de vigilância, [e] três se encontram em isolamento hospitalar", acrescentou.

As autoridades não especificaram quando as mortes aconteceram.

Em 13 de fevereiro, a Guiné Equatorial anunciou a morte de nove pessoas entre 7 de janeiro e 7 de fevereiro, no leste do país, pela doença do vírus Marburg.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), esta é a "primeira epidemia da doença do vírus de Marburg" nesse pequeno país da África, localizado na região centro-oeste do continente.

Após terem declarado "alerta sanitário" em uma província e em um distrito vizinho no leste, as autoridades implementaram um plano de confinamento, em estreita colaboração com a OMS, para enfrentar a epidemia.

Apenas três pessoas, que apresentavam "sintomas leves" da doença, foram postas em isolamento em um hospital dessa zona rural pouco povoada, fronteiriça com o Gabão e Camarões, relataram as autoridades.

O vírus Marburg é transmitido aos humanos por morcegos frugívoros e se propaga em humanos por contato direto com fluidos corporais de pessoas infectadas ou com superfícies e materiais.

Essa doença altamente virulenta causa febre hemorrágica e tem uma taxa de mortalidade de até 88%. Não há vacinas nem tratamentos antivirais aprovados para tratar o vírus.

Cuidados de suporte — como reidratação oral ou intravenosa — e tratamento de sintomas específicos aumentam, contudo, as chances de sobrevivência.

Segundo a OMS, vários potenciais tratamentos estão sendo avaliados, entre eles hemocomponentes, imunoterapias e medicamentos, além de vacinas candidatas com dados de fase 1.

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