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Tribunal de Contas da União aponta falhas no Programa Mais Médicos, mas não vê ilegalidades

Corte também recomendou quatro ações para combater os problemas identificados

Saúde|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • TCU identificou problemas no Programa Mais Médicos, mas não encontrou ilegalidades.
  • A auditoria apontou fragilidades na definição de metas e gestão de riscos.
  • Programa busca ampliar a presença de médicos em regiões remotas e reduzir desigualdades no atendimento.
  • TCU recomendou ações para melhorar a eficiência e transparência no uso de recursos públicos.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O programa também qualifica profissionais em parceria com instituições de ensino. Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

Apesar de identificar problemas relevantes, o TCU (Tribunal de Contas da União) não encontrou ilegalidades no PPM (Programa Mais Médicos), segundo auditoria divulgada pela corte. A análise apontou limitações no diagnóstico do problema, definição de metas, gestão de riscos e indicadores de avaliação (veja mais detalhes abaixo).

A análise destacou que a coordenação e o monitoramento do programa funcionam de forma adequada, mas há fragilidades em áreas como: avaliação de alternativas, definição de objetivos claros, mensuração de custo-benefício e gestão de riscos.


O R7 entrou em contato com o Ministério da Saúde e aguarda retorno; o espaço segue aberto para manifestações.

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O programa pretende ampliar a presença de médicos em regiões remotas, reduzir desigualdades no atendimento e fortalecer a Assistência Primária à Saúde.


Entre 2018 e 2024, foram investidos cerca de R$ 20,2 bilhões na iniciativa. A auditoria considerou 21 questões e diversas normas como base para a avaliação do planejamento, execução e monitoramento da política pública.

Principais problemas identificados

  • Diagnóstico incompleto: não foi comprovado de forma clara que, em 2023, havia dificuldade para levar e manter médicos em áreas vulneráveis.
  • Ausência de análise de alternativas: outras opções não foram consideradas antes da reativação do programa.
  • Metas e objetivos limitados: os objetivos legais são genéricos, as metas se restringem à quantidade de vagas e não há indicadores de impacto real na população.
  • Fragilidades nos indicadores: os indicadores de eficiência e efetividade não têm metas ou periodicidade de avaliação, além de não incluírem análise de custo-benefício.
  • Gestão de riscos deficiente: o programa não foi priorizado na política de gestão de riscos do Ministério da Saúde e não possui plano específico para lidar com problemas.

Recomendações do TCU

Embora não configurem ilegalidade, as falhas podem reduzir a eficiência e a transparência no uso de recursos públicos. O TCU recomendou que o Ministério da Saúde:


  • Melhore o diagnóstico inicial do problema;
  • Avalie outras formas de intervenção;
  • Redesenhe o programa com objetivos, metas e indicadores mais claros e completos;
  • Crie um processo formal de gestão de riscos.

Segundo o Tribunal, implementar essas recomendações pode aumentar a transparência, o planejamento e a clareza dos resultados, alinhando o programa aos princípios de eficiência e publicidade previstos na Constituição e nas normas que regem a Administração Pública.

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