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Brasileiros acham que internet é segura para crianças, diz pesquisa

55% dos entrevistados no país acreditam que, em nenhum caso, o ambiente digital poderia representar uma ameaça à integridade de seus filhos

Tecnologia e Ciência|Sofia Pilagallo, do R7*

18% dos brasileiros não se envolvem na vida digital de seus filhos como gostariam
18% dos brasileiros não se envolvem na vida digital de seus filhos como gostariam 18% dos brasileiros não se envolvem na vida digital de seus filhos como gostariam

No mesmo ano em que a Polícia Civil de Santa Catarina emitiu um alerta sobre perfis em redes sociais conhecidos como "Homem Pateta", que estariam induzindo crianças a cometer suicídio, dados da empresa de cibersegurança Kaspersky apontam que os brasileiros estão entre os que menos enxergam a internet como um ambiente inseguro para as crianças.

Segundo o levantamento, mais da metade (55%) dos entrevistados no país acreditam que, em nenhum caso, a internet poderia representar uma ameaça à integridade de seus filhos, ficando atrás apenas dos argentinos (60%).

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Ao mesmo tempo, cerca de 18% dos pais brasileiros admitem que, por falta tempo ou familiaridade com a tecnologia, não conseguem se envolver na vida digital de seus filhos como gostariam.

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Neste quesito, o Brasil esteve mais bem colocado que seus vizinhos da região. No Chile, 29% dos entrevistados afirmaram que essas questões os impedem de participar mais das atividades virtuais das crianças. Colômbia (25%), Argentina e Peru (ambos com 22%), e México (20%), complementam o ranking. Na América Latina, a média foi de 25%.

Para os respondentes, uma das questões mais sensíveis em relação à proteção das crianças no acesso à internet é se seria ético monitorar o conteúdo digital que os filhos acessam. Entre os brasileiros, esse tipo de vigilância é praticamente unanimemente aceito (97%).

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Os pais latino-americanos, por sua vez, entendem que seria ético fazer esse controle até que os filhos tenham entre 15 e 18 anos (78%), 11 e 14 anos (11%) e entre 7 e 10 anos (1%).

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Alguns participantes que já utilizaram um programa de controle parental, no entanto, notaram que seus filhos tentaram desinstalá-los. Os chilenos são os que presenciaram as maiores tentativas de desativação, com 22%, seguidos de mexicanos (16%), colombianos e brasileiros, ambos com 14%. Mais atrás estão os peruanos (12%) e finalmente os argentinos (8%).

Segundo o diretor de vendas de varejo da Kaspersky na América Latina, Fabiano Tricarico, é de suma importância que os pais expliquem às crianças por que contam com um sistema de monitoramento, para que elas não sintam que seu espaço esteja sendo invadido.

"Basta compará-la com algo da rotina da criança. Os pais podem dizer: "quando estamos trabalhando, você sempre fica com alguém (creche, avós, vizinho), certo? Na internet é a mesma coisa, mas como queremos que você fique mais livre para usar a internet quando quiser, este programa fará o papel de cuidador. As regras que colocamos nele são as mesmas que existem hoje", orienta.

Além de ameaças como cyberbullying ou assédio, o especialista afirma que os pais precisam ficar atentos ainda ao roubo de informações.

“Isso acontece principalmente por meio de mensagens ou conversas enganosas, em que os jovens podem revelar involuntariamente dados pessoais, tornando-os mais vulneráveis às ações dos criminosos, e colocando inclusive a família em risco", explica.

A pesquisa, parte da campanha Crianças Digitais, ouviu 2.294 pais e mães do Brasil e de mais cinco países da América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru), com idades entre 25 e 60 anos, pertences às classes A, B e C, usuários de dispositivos eletrônicos e cujos filhos tenham entre 0 e 18 anos. As entrevistas foram realizadas entre fevereiro e março deste ano, por meio de enquetes online.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Pablo Marques

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