Elon Musk diz querer suspender banimento de Trump do Twitter
CEO da Tesla teve proposta de compra de 44 bilhões de dólares aceita pelo quadro de executivos que comandam a rede social
Tecnologia e Ciência|Do R7
O bilionário Elon Musk disse nesta terça-feira (10) que suspenderia a proibição imposta ao ex-presidente americano Donald Trump de usar o Twitter se o acordo para comprar a rede social se concretizar.
"Eu reverteria a proibição", disse o bilionário em conferência do jornal Financial Times, embora tenha esclarecido que, como ainda não é proprietário do Twitter, "não é certo que isto vá acontecer".
A oferta de 44 bilhões de dólares (R$ 225 bilhões) do dono da Tesla para comprar o Twitter ainda precisa do apoio de acionistas e reguladores, mas Musk se manifestou favorável a uma menor moderação do conteúdo e menos restrições na rede social.
"Penso que não foi correto banir Donald Trump", disse Musk. "Acho que foi um erro porque marginalizou grande parte do país e, em última instância, não resultou em que Donald Trump não tivesse voz", acrescentou.
Trump foi banido do Twitter e de outras redes sociais depois que seus apoiadores, estimulados por seus tuítes que alegavam fraude eleitoral, atacaram o Congresso americano em 6 de janeiro de 2021, em uma tentativa frustrada de evitar que Joe Biden fosse certificado como o vencedor das eleições presidenciais de 2020.
Musk afirmou que sua postura é simular à do cofundador do Twitter, Jack Dorsey, que acha que as proibições permanentes deveriam ser raras, reservadas para contas que são spam, fraudes ou executadas por "bots" de software.
"Isso não significa que alguém possa dizer o que quiser", afirmou Musk. "Se [as pessoas] dizem algo que é ilegal ou simplesmente destrutivo para o mundo, então talvez deveria haver um tempo de espera, uma suspensão, ou esse tuíte em particular deveria se tornar invisível ou ter uma visibilidade muito limitada."
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No entanto, Musk ressaltou que as proibições permanentes são uma "decisão moralmente ruim", que abala a confiança no Twitter como uma praça pública online onde todos podem ser ouvidos.
O bilionário destacou que Trump declarou publicamente que não voltaria ao Twitter se lhe fosse permitido, optando, ao contrário, por permanecer com sua própria rede social, que ainda não conseguiu se popularizar.