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Tecnologia e Ciência
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Pesquisadores descobrem meteorito mais antigo que a Terra

Rocha espacial de 4,6 bilhões de anos caiu no deserto do Saara e possui características nunca antes observadas pelos cientistas

Tecnologia e Ciência|Sofia Pilagallo, do R7*


Ec 002, como foi nomeado o astro, é extremamente raro
Ec 002, como foi nomeado o astro, é extremamente raro

Uma equipe de pesquisadores liderada pelo geoquímico Jean-Alix Barrat, da Universidade de Western Brittany, na França, analisou um meteorito que caiu no deserto do Saara em maio de 2020 e concluiu que a rocha espacial tem cerca de 4,6 bilhões de anos, ou seja, é mais antiga que o planeta Terra.

A probabilidade é que o Ec 002, como foi nomeado o astro, seja um fragmento de um planeta que foi destruído ou absorvido por outros corpos rochosos maiores durante a formação do Sistema Solar.

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A idade do corpo celeste, no entanto, não é a única característica que chama a atenção. Segundo os cientistas, diferentemente da maioria dos meteoritos, que vem de fontes com crostas basláticas — lava esfriada rica em ferro e magnésio — o "corpo pai" do Ec 002 emergiu das chamadas crostas de andesita, reservatórios de magma parcialmente derretidos compostos por andesitos, um tipo de rocha rica em sílica.

"Este meteorito é a rocha magmática mais antiga analisada até hoje e lança luz sobre a formação das crostas primordiais que cobriam os protoplanetas mais antigos", afirmaram os autores do estudo.

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Embora o Ec 002 seja extremamente raro, outros estudos descobriram que a crosta de andesita infundidas com sílica era provavelmente comum durante o estágio de formação de protoplanetas, isto é, matérias que constituem a fase inicial na evolução de um planeta.

Os cientistas ressaltam, no entanto, que após comparar o Ec 002 com outros 10 mil objetos cósmicos no banco de dados do Sloan Digital Sky Survey, eles não encontram nenhum objeto com características espectrais — isto é, padrões de comprimento na luz que eles emitem ou refletem — semelhantes a ele. Diante disso, os especialiatas agora questionam sobre onde poderiam encontrar outros protoplanetas com crostas de andesito.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Pablo Marques

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