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BC inicia reunião que vai definir futuro da taxa básica de juros

Expectativas do mercado financeiro indicam para a manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano, o maior patamar desde 2017

Economia|Do R7

BC vê necessidade de manter os juros em um patamar elevado para conter a inflação
BC vê necessidade de manter os juros em um patamar elevado para conter a inflação BC vê necessidade de manter os juros em um patamar elevado para conter a inflação

Os diretores do BC (Banco Central) começam nesta terça-feira (21) a reunião que vai definir a taxa básica de juros que permanecerá vigente até começo do mês de maio. As expectativas mostram que a taxa Selic será mantida em 13,75% ao ano, o maior patamar desde o início de 2017.

Nesta terça, o presidente do BC, Roberto Oliveira Campos, e os oito diretores da autoridade monetária realizam apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro.

Amanhã (22), o Copom (Comitê de Política Monetária) projeta as possibilidades futuras e define a nova Selic. A decisão a respeito dos novos juros será anunciada após as 18h, e ficará vigente por ao menos 45 dias, quando os diretores do BC voltam a se encontrar para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.

No último encontro, quando manteve a Selic em 13,75% ao ano pela quinta vez seguida, o Copom afirmou que as incertezas fiscais ainda estão presentes no radar e avaliou a necessidade de manter os juros em um patamar elevado para conter a inflação deste ano e de 2024.

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A manutenção dos juros no maior nível dos últimos seis anos é alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No mês passado, ele afirmou que o atual patamar da taxa Selic é “uma vergonha".

Segundo analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC, a Selic será mantida no atual patamar na reunião desta quarta-feira. O avanço das expectativas para a inflação mostra um período mais prolongado dos juros elevados, com a taxa em 12,75% ao ano e no fim de 2023 e de 10% ao ano em dezembro de 2024.

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As avaliações consideram que a Selic é a principal ferramenta monetária para reduzir a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas opções de investimento pelas famílias.

Selic

A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

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Em linhas gerais, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.

A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, perto da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

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