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USP, Unesp e Unicamp querem aumento de recursos repassados pelo governo do estado 

As nstituições cresceram ao longo dos últimos anos e oferecem maior número de vagas e cursos

Educação|

O Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) anunciou na última terça-feira (9) que vai pedir ao governo a revisão do cálculo dos valores de repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O órgão argumenta que as instituições cresceram ao longo dos últimos anos e oferecem maior número de vagas e cursos. Atualmente, o porcentual é de 9,57% do total arrecadado — R$ 8,3 bilhões em 2013.

A proposta foi defendida após reunião com o Fórum das Seis — entidade que representa os sindicatos de funcionários e de professores da USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). As três instituições têm forte grau de comprometimento das receitas com a folha. A USP gastou 105,02% dos repasses de julho para pagar salários.

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As universidades já enfrentam 107 dias de greve. Funcionários e professores estão parados porque a USP propôs inicialmente reajuste zero — como a política salarial é conjunta, o movimento atingiu as três instituições.

Diante da crise, a proposta dos reitores não é de aumentar o atual porcentual, mas pedir modificações na forma como o valor é recebido, incluindo juros e multas do imposto.

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A presidente do Cruesp, Marilza Vieira Rudge, que também é reitora da Unesp, não confirmou de que forma o pedido será feito nem quando haverá o diálogo com o governo.

— Queremos fazer [o repasse] igual aos municípios, afirmou, referindo-se ao fato de que 25% do produto da arrecadação é recebido pelas cidades sem descontos.

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A pauta é também uma reivindicação histórica das entidades sindicais, que alegam que o governo desconta da arrecadação os valores destinados aos programas habitacionais e à devolução de impostos da Nota Fiscal Paulista. Em documento entregue à reitoria da USP anteontem, os grevistas fazem um pedido para que a instituição tente negociar repasse de 10,5%.

Entrave

Reitores e grevistas não chegaram a um acordo sobre o pagamento do abono salarial referente aos meses de maio a setembro. A decisão sobre o índice de 28,6%, que poderia pôr fim à greve, foi delegada à administração de cada universidade, ao contrário do que esperavam os sindicalistas.

USP, Unesp e Unicamp aprovam proposta de reajuste de 5,2% para tentar finalizar greve de funcionários

Com a decisão, as instituições deverão marcar uma data diferente para resolver o impasse. A USP levará a discussão ao Conselho Universitário no dia 16. A Unesp fará reunião na manhã de hoje. A Unicamp já havia cedido um abono de 21%, mas pode decidir por aumentar o valor.

O abono discutido ontem foi proposto à USP pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), que nesta quarta-feira, 10, volta a realizar, às 16 horas, audiência de conciliação. Unicamp e Unesp não ajuizaram ações contra a greve.

O reajuste salarial de 5,2% foi mantido e será pago em duas etapas de 2,57% cada - pagamentos em outubro e janeiro. Para Marilza, o reajuste foi um avanço em direção a um acordo. "A gente está próximo de uma negociação interessante", disse.

O diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), Magno Carvalho, afirmou que esperava uma solução para acabar com a paralisação: "Não tem outra saída, a greve continua." Cerca de cem manifestantes acompanharam o desfecho da reunião, ao lado de fora do Cruesp, na Bela Vista, na região central de São Paulo. O grupo chegou a fechar três faixas da Avenida Paulista, na altura do vão livre do Masp.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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