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'A quem interessa o ataque às urnas?', questiona presidente do TSE

Edson Fachin defendeu a Justiça Eleitoral em meio a críticas do presidente Jair Bolsonaro contra o sistema de votação do país

Eleições 2022|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral
Ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral Ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral

Nesta quinta-feira (28), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, defendeu o processo eleitoral brasileiro e questionou as críticas feitas ao sistema de votação do país. De acordo com o ministro, "ataques não trazem ganhos civilizatórios e em nada contribuem para a solução dos verdadeiros problemas coletivos".

"A quem interessa o ataque às urnas eletrônicas, à Justiça Eleitoral e à democracia? Impende indagar. A agressão às urnas eletrônicas é um ataque ao voto dos mais pobres. O negacionismo tem endereço certo", ponderou Fachin durante reunião do Conselho Pleno da Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília.

Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro tem levantado dúvidas sobre o funcionamento das urnas eletrônicas e alegado que os aparelhos são passíveis de fraude. Bolsonaro chegou a fazer as acusações durante encontro com embaixadores, no Palácio da Alvorada, mas explicou nesta quinta que a apresentação aos diplomatas estrangeiros não teve caráter eleitoral e faz parte de um debate de ideias.

Ministro Edson Fachin
Ministro Edson Fachin Ministro Edson Fachin

Fachin, no entanto, ponderou que a introdução das urnas eletrônicas contribuiu para a redução dos votos inválidos nas eleições. Segundo ele, em 2000, essa estatística caiu de 41% para 7,6%, ou seja, houve um recuo de 82%. De acordo com o ministro, os aparelhos são totalmente seguros.

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"A Justiça Eleitoral, ao longo de quase um século, tem assegurado, com desempenho sobressalente, a integridade de mecânicas elementares para o processamento pacífico dos dissensos coletivos, contribuindo para a manutenção da paz constitucional. O processo eletrônico de votação ostenta dezenas de camadas de segurança e resulta testado, por especialistas externos, de forma recorrente e exaustiva", afirmou.

Ainda de acordo com Fachin, deve-ser acabar com a propagação de notícias falsas contra o sistema eleitoral. "É hora de recusar o abismo ideológico e as baixezas externas, elevar a racionalidade e abolir a temporada das falácias e do dogmatismo. É tempo de restabelecer uma forma de comunicação política que cumpra o seu papel utilitário, que é legítimo, mas que não enterre a sociedade em um conflito permanente, tampouco a democracia num processo de erosão, alavancado, indevidamente, pela indústria high-tech das mentiras."

O ministro ainda afirmou que o TSE prepara eleições pacíficas e frisou que o resultado da votação terá de ser respeitado. "Paz e segurança nas eleições propugnamos. A Justiça Eleitoral está preparada para as eleições gerais de 2022. Realizaremos eleições, e os eleitos serão diplomados."

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