62 mais ricos do mundo têm mesma riqueza que soma de metade da população mundial, diz Oxfam
Quase metade dos superricos são dos Estados Unidos, enquanto 17 são da Europa
Internacional|Do R7
As 62 pessoas mais ricas do mundo têm agora o mesmo dinheiro que a soma de metade da população mundial, o equivalente a cerca de 3,5 bilhões de pessoas, à medida que os superricos têm ficado cada vez mais ricos e os pobres mais pobres, disse uma instituição de caridade internacional nesta segunda-feira (18).
A riqueza dos 62 mais ricos aumentou 44% desde 2010, enquanto a riqueza dos 3,5 bilhões mais pobres caiu 41%, afirmou a Oxfam em um relatório divulgado antes da reunião anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Quase metade dos indivíduos superricos são dos Estados Unidos, enquanto 17 são da Europa e o restante de países como China, Brasil, México, Japão e Arábia Saudita.
"A preocupação dos líderes mundiais sobre a crescente crise da desigualdade até agora não se traduziu em ações concretas — o mundo se tornou um lugar muito mais desigual e a tendência está se acelerando", disse a diretora-executiva da Oxfam International, Winnie Byanima, em um comunicado que acompanha o estudo.
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"Não podemos continuar a permitir que centenas de milhões de pessoas passem fome enquanto os recursos que poderiam ser usados para ajudá-las são sugados por aqueles no topo", acrescentou Byanima.
Cerca de 7,6 trilhões de dólares dos indivíduos mais ricos estão em paraísos fiscais offshore, e se fosse pago imposto sobre a renda que essa riqueza gera, um adicional de 190 bilhões de dólares estaria disponível para os governos a cada ano, segundo Gabriel Zucman, professor assistente da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Cerca de 30% de toda a riqueza financeira da África é mantida no exterior, o que representa perdas de 14 bilhões de dólares em receitas fiscais todos os anos, disse a Oxfam, se referindo ao trabalho de Zucman.
Esse dinheiro é o suficiente para pagar pelos cuidados de saúde que poderiam salvar 4 milhões de vidas de crianças por ano e empregar professores suficientes para colocar todas as crianças africanas na escola, de acordo com a Oxfam.
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