Hoje o tempo melhorou no local do acidente e os mergulhadores puderam resgatar 19 corpos de debtro da embarcação
AFPO capitão da embarcação sul-coreana Sewol demorou 40 minutos para dar a ordem de evacuação, o que teria dificultado o resgate, revelou neste domingo (200 a transcrição do diálogo entre a cabine e a torre de controle.
Lee Joon-seok, de 69 anos, pediu ajuda por rádio ao serviço de emergência às 8h55 de quarta-feira (hora local) ao detectar que o navio estava se inclinando, segundo a transcrição divulgada pelas autoridades sul-coreanas.
Durante os 40 minutos seguintes, o capitão contactou por até 11 vezes a torre de controle, mas foi só após às 9h30 (hora local), com a embarcação já tombada em 45 graus, que ele ordenou aos passageiros irem para o exterior da embarcação.
Ainda há possibilidade de haver sobreviventes na Coreia do Sul?
Comandante: evacuação demorou porque mar arrastaria pessoas
O capitão tinha solicitado que os passageiros ficassem em seus assentos, o que segundo os especialistas é o principal motivo para maioria das 476 pessoas a bordo terem ficado presos no Sewol.
Ontem, o capitão explicou que demorou a iniciar a evacuação para proteger os passageiros diante das condições adversas do mar e da impossibilidade de utilizar as embarcações de resgate.
Hoje o tempo melhorou no local do acidente e os mergulhadores puderam pela primeira vez entrar no interior do barco, e 19 corpos foram resgatados, número que deve aumentar nas próximas horas.
Segundo os últimos dados oficiais, há 250 desaparecidos, que provavelmente estão presos no interior da embarcação e com poucas chances de estarem vivos.
O número de mortos oficiais é de 58, enquanto 174 pessoas fora resgatadas.
Dos 476 passageiros do Sewol, 325 eram alunos de 16 e 17 anos de um instituto de Ansan, na periferia de Seul, cujo subdiretor se suicidou na sexta-feira, dois dias após ser resgatado.
Além disso, hoje se confirmou a morte de um operário dos serviços de salvamento, que tinha entrado em coma ontem após receber um forte golpe na cabeça durante os trabalhos de resgate.