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Estupro de menina de sete anos em banheiro de escola provoca protestos na Índia

Caso ocorre um mês após jovem de 23 anos ter sido estuprada em ônibus em Nova Déli

Internacional|com R7

Indianas protestam em Nova Déli contra os recentes casos de estupro no país: "todas as formas de violência contra as mulheres devem parar", diz o cartaz
Indianas protestam em Nova Déli contra os recentes casos de estupro no país: "todas as formas de violência contra as mulheres devem parar", diz o cartaz Indianas protestam em Nova Déli contra os recentes casos de estupro no país: "todas as formas de violência contra as mulheres devem parar", diz o cartaz

Uma menina de sete anos foi estuprada no banheiro de uma escola do Estado indiano de Goa, provocando grandes protestos e a prisão da diretora, informou a polícia nesta terça-feira (15).

O incidente foi reportado na cidade de Vasco da Gama na segunda-feira (14), dando início a uma enorme caçada para encontrar o acusado, que deve ter cerca de 20 anos.

"A menina foi estuprada dentro do banheiro da escola durante o recreio", informou um oficial da polícia à AFP, pedindo para não ser identificado.

Ele disse que o banheiro estava situado ao lado do escritório da diretora na Deepvihar High School, que tem uma seção de ensino fundamental.

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Milhares de pessoas cercaram a escola na noite de ontem exigindo a prisão da diretora e do agressor, que ainda não foi encontrado.

A diretora, cujo nome não foi divulgado para proteger a identidade da menina, foi inicialmente detida e depois presa por suposta negligência do dever, informou o policial.

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A prisão ocorre depois do estupro de uma estudante em um ônibus em Nova Déli no mês passado, incidente que provocou protestos em todo o país e reavivou o debate sobre a incidência alarmante de agressões sexuais na Índia.

Cinco homens e um adolescente foram acusados do estupro e assassinato da mulher de 23 anos, que morreu 13 dias depois em um hospital de Cingapura devido aos ferimentos provocados durante o ataque.

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Estupros na Índia

Há quase um mês, uma jovem de 23 anos foi violentada por seis homens dentro de um ônibus em Nova Déli, em um caso que causou comoção mundial gerando uma série de manifestações em todo o país.

A estudante de medicina viajava em um ônibus com um amigo quando foi estuprada e agredida pelos seis homens, um deles menor de idade. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu. Cinco dos seis agressores foram indiciados por homicídio, estupro e sequestro.

Um sexto envolvido está sendo investigado separadamente, para determinar se é de fato menor de 18 anos, como ele diz ser. Caso isso seja confirmado, ele deve ser submetido a um juizado de menores, e poderá ser internado em um reformatório por até três anos.

Dois dos cinco indianos acusados de estupro coletivo se declaram inocentes

Em um outro ataque, uma adolescente de 17 anos cometeu suicídio em uma cidade do noroeste da Índia após ter sido vítima de estupro coletivo em meados de novembro e ter seus pedidos de ajuda ignorados pela polícia.

A jovem que se suicidou foi violentada na noite de 13 de novembro, dia da festividade hindu de Diwali, em Badshahpur, no Estado de Punjab, mas somente duas semanas depois a polícia aceitou investigar seu caso.

Violência contra mulheres

O Escritório Nacional de Registro de Crimes revelou em 2011 que, a cada 20 minutos, uma mulher é estuprada na Índia, mas que em apenas um de cada quatro casos o criminoso é condenado, devido, segundo os analistas, à corrupção de policiais.

A Índia é considerada um dos países mais perigosos para mulheres. Em 2011 foram registrados 24 mil casos de estupro — 17% só na capital, Nova Déli. O número é 9,2% maior do que no ano anterior.

Segundo os registros policiais, em 94% dos casos, os agressores conheciam as vítimas. Um terço desses eram vizinhos. Parte considerável era de familiares.

Por que a Índia trata tão mal suas mulheres?

E não se tratam apenas de estupros. Segundo a polícia, o número de sequestros de mulheres aumentou 19,4% em 2011 (em relação ao ano anterior). O aumento dos casos de assassinato foi de 2,7%, os de tortura, 5,4%, os de assédio sexual, 5,8%, e os de violência física, 122%.

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