Ex-presidente ucraniano teria ordenado massacre de manifestantes
Morte de 76 manifestantes na Ucrânia teria sido orquestrada por Yanucovich
Internacional|Da ANSA
Os confrontos na Praça Maidan, em Kiev, em fevereiro de 2014 teriam sido organizados pelo então presidente do país, Viktor Yanukovich, como assassinatos em massa de manifestantes.
Na ocasião, 76 pessoas que protestaram conta o governo foram mortas, além de diversos policiais. As acusações emergem dos resultados preliminares de inquérito aberto pelo novo governo ucraniano.
A ordem teria sido executada pelas forças especiais de Berkut, mas também teria tido colaboração do FSB, o serviço secreto russo.
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"Agentes da FSB participaram no planejamento e implementação da chamada operação antiterrorismo", declarou o chefe do Serviço de Segurança Ucraniano (SBU), Valentyn Nalyvaichenko, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (3).
De acordo com o inquérito, a FSB também teria enviado por via aérea toneladas de explosivos e armas. Desta forma, Kiev rebate a tese russa de que os responsáveis pelo massacre seriam membros do movimento nacionalista de extrema-direita, incluindo grupos neonazistas.
O governo russo replicou afirmando que não teve qualquer tipo de envolvimento. Além disso, denunciou planos terroristas da extrema-direita ucraniana contra a Rússia.
A FSB afirmou não querer comentar acusações gratuitas e o Ministério das Relações Exteriores da Rússia pediu que não fossem tiradas conclusões precipitadas.
Durante os conflitos de fevereiro, o próprio Parlamento do país, cuja maioria estava nas mãos do governo, condenou os excessos da polícia para coibir os protestos e proibiu as operações antiterrorismo anunciadas pelos serviços secretos e o uso do Exército.
As medidas foram aprovadas com os votos de 236 deputados, de um total de 450. Contudo, apenas 238 estavam presentes. Em 22 de fevereiro, apenas um após o anúncio do saldo de mortos nas manifestações, o então presidente, Viktor Yanukovich, sofreu impeachment e foi deposto de seu cargo.