A família de Nelson Mandela teme "uma morte iminente" do ex-presidente, que está há mais de uma semana em estado crítico, segundo documentos judiciários consultados nesta quarta-feira (3) pela imprensa sul-africana.
"Ele respira por aparelhos. A expectativa de uma morte iminente está baseada em motivos reais e graves", escreveram quinze membros da família - incluindo sua esposa Graça Machel e sua filha mais velha Makaziwe - na queixa apresentada contra Mandla, o neto de Mandela que exumou os restos mortais de três filhos do herói da luta contra o apartheid.
A queixa foi apresentada ao tribunal na sexta-feira (29), mas só se tornou pública nesta quarta-feira, segundo a agência de notícias Sapa. "Sua saúde está em perigo", escreveram.
"Os requerentes desejam enterrar seu pai na terra onde estão os restos mortais de seus antepassados e descendentes", acrescentaram, segundo o site do jornal Mail & Guardian.
A Justiça sul-africana rejeitou nesta quarta-feira os argumentos do neto, que se nega a repatriar os restos mortais de três filhos do ex-presidente para Qunu, a aldeia onde Mandela passou a infância e deseja ser enterrado.
Os filhos de Mandela haviam sido enterrados em Qunu, mas Mandla, neto mais velho e chefe do clã de Mvezo, os exumou e os enterrou em sua aldeia contra a vontade da família, que apresentou uma queixa judicial.
O estado de saúde do Prêmio Nobel da Paz 1993, que completará 95 anos em breve, é descrito há mais de uma semana como "crítico, mas estável". Ele foi hospitalizado em 8 de junho devido a uma infecção pulmonar recorrente.
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