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Mais de 500 membros da Irmandade Mulçumana são condenados a morte no Egito

Simpatizantes do ex-presidente Mursi são acusados de atacar delegacias e edifícios do governo

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Manifestantes favoráveis à Irmandade Muçulmana protestaram contra a decisão judicial
Manifestantes favoráveis à Irmandade Muçulmana protestaram contra a decisão judicial

Um total de 529 simpatizantes da Irmandade Muçulmana e do ex-presidente Mohammed Mursi foram condenados à pena de morte nesta segunda-feira (24) no Egito por atacar delegacias e edifícios do governo.

O Tribunal Penal de Minia, no sul do Cairo, enviou o processo ao mufti do país, Shauqi Alam, a máxima autoridade religiosa, para que emita sua sentença sobre este caso.

Desde o golpe militar de 3 de julho contra Mursi, milhares de seguidores da confraria foram detidos e dezenas deles condenados, mas até agora não a pena de morte não havia sido decretada a nenhum deles.

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Os condenados foram considerados culpados de uma série de ataques a edifícios do governo e a delegacias na província de Minia, em protesto pelo violento despejo policial dos acampamentos dos islamitas no Cairo em agosto.


Um desses ataques teve como alvo a sede policial da cidade de Matai, onde foi assassinado o assistente do delegado, o coronel Mustafa Ragab.

Os membros da Irmandade também foram condenados por tentativa de homicídio, roubo de armas e de incendiar o edifício.


Segundo vários veículos de comunicação egípcios, só 147 dos acusados estão presos, e o resto foi julgado à revelia.

A audiência do julgamento aconteceu entre estritas medidas de segurança. As ruas que dão acesso à sede do tribunal foram bloqueados pela polícia.

Os islamitas mantiveram seus protestos contra as autoridades interinas do Egito desde julho passado, apesar das detenções e da morte de centenas de pessoas por causa da repressão policial nestes meses.

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