Moradores das Malvinas lamentam morte de sua libertadora Thatcher
Presidente da Assembleia Legislativa das Malvinas diz que não há dúvidas de que a ex-primeira ministra tinha um sentimento especial pelas Ilhas
Internacional|Do R7
O chefe da Assembleia Legislativa das Ilhas Malvinas disse que a morte de Margaret Thatcher representa um dia de grande tristeza para os moradores da ilha, que sempre a reverenciaram por ter libertado o território no Atlântico Sul após a invasão de forças argentinas em 1982.
Outro morador local a considerou "nossa Winston Churchill".
Thatcher enviou uma força-tarefa para recuperar as ilhas, em uma operação que ela considerou um dos triunfos de seu governo.
A Argentina ainda exige a soberania das ilhas e, no ano passado, intensificou sua retórica contra a Grã-Bretanha. Em um referendo em março os moradores das Malvinas, também chamadas de Falkland, votaram por esmagadora maioria para continuarem sob o controle britânico.
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Mike Summers, presidente da Assembleia Legislativa das Malvinas, afirma que não há absolutamente nenhuma dúvida de que Thatcher teve um sentimento especial pelas ilhas.
— Ela ficou muito feliz por ter restaurado a liberdade para o povo das Ilhas Falkland e as Falkland sempre estiveram no seu coração. Ela é uma pessoa muito reverenciada por liderar o nosso retorno à liberdade em 1982, e vai ser um dia de grande tristeza para as Ilhas.
Bandeiras foram hasteadas a meio mastro na Malvinas assim que se soube da morte de Thatcher, aos 87 anos, nesta segunda-feira (8). Summers disse que uma homenagem será realizada, mas não disse quando.
— Ela era uma mulher muito forte e uma política muito forte, muito clara e muito decisiva.
PESSOA CERTA, HORA CERTA
Cerca de 650 argentinos e 255 britânicos morreram na guerra de 1982, que começou com a invasão argentina em 2 de abril e terminou com a recaptura de Port Stanley por tropas britânicas em 14 de junho.
A atual presidente da Argentina, Cristina Kirchner, tem feito pressão sobre a Grã-Bretanha para negociar a soberania das ilhas — algo que Londres se recusa a fazer a não ser que os moradores solicitem.
Tim Miller, de 60 anos, dono de uma loja de jardinagem e de venda de produtos patrióticos, disse que se lembra claramente do conflito de 1982.
— Para mim, ela foi para as Ilhas Malvinas o que Winston Churchill foi para a Grã-Bretanha em 1940. Ela era a pessoa certa, no lugar certo, na hora certa, e fez a coisa certa.
Miller reconheceu que ela era uma figura contestada na Grã-Bretanha. "Mas para as Falklands ela era o nosso Winston Churchill".
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